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Últimos dias para ver coleção privada com peças de artistas de renome

Para levar a arte moderna e contemporânea à periferia do país esta coleção privada pode temporariamente ser vista por todos.

Últimos dias para ver coleção privada com peças de artistas de renome
Notícias ao Minuto

22:47 - 01/09/16 por Carolina Rico

Cultura Idanha

Obras de artistas como Júlio Pomar, Paula Rego, Joana Vasconcelos ou Rui Chafes preparam-se para regressar à coleção privada de Paulo Lopo. Até ao dia 11 de setembro ainda as poderá ver em exposições abertas ao público em Monsanto, Idanha-a-Velha e São Miguel d’Acha.

A exposição ‘Perspetiva: Colecionador II’, com curadoria de Mariana Salgueiro, apresenta a segunda parte da coleção de Paulo Lopo, colecionador natural de São Miguel d’Acha que adquiriu ao longo da vida obras de vários artistas conceituados.

Enquanto a primeira parte da coleção exibiu trabalhos de artistas modernistas portugueses, esta mostra salta no tempo para a arte portuguesa contemporânea.

O núcleo central das obras patentes encontra-se em Monsanto, onde temas como a nova figuração ou o questionamento do suporte tradicional da pintura são abordados por artistas como Paula Rego, José Pedro Croft ou Pedro Cabrita Reis. Júlio Pomar ou Helena Almeida convivem, no espaço do Posto de Turismo, com nomes como Manuela Pimentel ou Bruno Pacheco.

Na Sé de Idanha-a-Velha exibem-se três das peças mais desconcertantes desta coleção. A peça de Carlos Farinha, apresentada na inauguração pelo próprio artista, interpela o espetador com as suas personagens – um mar de gente num retrato em grande escala. Já as peças de Pedro Figueiredo e Rui Chafes, prémio Pessoa 2015, são uma procura pela transcendência, ainda que por meios diferentes: a contemplação e a abstração, respetivamente.

A Casa da Cultura de São Miguel d’Acha propõem-se fazer a ponte mais clara entre a arte tradicional (e a população que a cria) e a arte contemporânea, com uma peça de Joana Vasconcelos.

Esta obra de 2004 foi a primeira estátua de cimento pintado que a artista cobriu de renda. Pela primeira vez exposta ao grande público, ‘Minerva’ é símbolo do fim da fronteira entre o que é arte e o que é artesanato, que Vasconcelos procura. Em diálogo com o trabalho da artista plástica, a Casa da Cultura expõe ainda peças em renda de artesãs locais.

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