Disparou tiro 'apenas' para assustar mulher a quem batia
O tribunal de Penafiel está a julgar um caso de violência doméstica que ganhou contornos de tentativa de homicídio. Manuel Carvalho, o acusado, defende que disparou um tiro apenas para assustar a mulher. Admite, no entanto, que lhe enviou mensagens insultuosas e que lhe batia. Terá inclusive retirado a pulseira eletrónica para perseguir a antiga companheira, adianta o Jornal de Notícias.
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País Penafiel
Manuel Carvalho, de 54 anos, encontra-se em prisão preventiva na sequência de agressões e ameaças à ex-companheira. Conta o Jornal de Notícias que este empresário de Penafiel terá cortado a pulseira eletrónica a que tinha sido sujeito para perseguir Maria de Lurdes, de 48 anos. Em tribunal, foi questionado sobre o tirou que disparou, quem, segundo o próprio, foi disparado com o intuito de apenas tentar assustar a antiga companheira.
Este caso vem na sequência de uma relação de três anos, que terá incluindo várias queixas de violência doméstica. A relação terminou e Manuel ficou sujeito a usar pulseira eletrónica. Mas a 10 de março tirou a pulseira e encontrou Maria junto ao cemitério de Padronelo.
O encontro, justifica, terá sido por acaso, mas além de ter assumido que enviou mensagens insultuosas, admite também que agrediu a mulher e que disparou o tal tiro, para o ar, com o intuito de a assustar. Na noite anterior Maria terá estado em casa de um novo companheiro, descobrindo de manhã que o seu carro tinha os quatro pneus furados.
No tribunal de Penafiel, a defesa procura afastar a acusação grave de tentativa de homicídio, havendo inclusive duas versões sobre os tiros disparados. Maria diz que ao todo ouviu quatro tiros e que foram na sua direção, mas falharam. Conta o Jornal de Notícias que o advogado de defesa terá insistido num pormenor desta história: só terá surgido “apenas um invólucro”, cita o mesmo jornal, adiantando que Maria de Lurdes não soube explicar.
Em tribunal, conta ainda o Jornal de Notícias, Manuel terá defendido que Maria, “no dia anterior”, lhe fez “juras de amor. E um dia depois estava com outro homem”. Uma testemunha terá corroborado a versão de que só um tiro foi disparado. A mesma testemunha que adianta ter visto um homem a dar pancadas na cabeça de uma mulher.
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