Câmara de Aveiro concessiona transportes à Transdev
A maioria da Câmara de Aveiro (PSD/CDS) aprovou hoje a concessão dos transportes urbanos, por 15 anos, à Empresa de Transportes António Cunha SA, do universo Transdev, por 201 mil euros, com os votos contra do PS.
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Economia Decisão
Além do valor, que ultrapassa em mil euros a base do concurso, a empresa compromete-se ainda a investir 400 mil euros na requalificação do Centro Coordenador de Transportes e a assegurar as ligações marítimas à Freguesia de S. Jacinto.
"Vamos ter uma operação rodoviária e marítima cofinanciada pela Câmara em um milhão de euros por ano e com mais frequência de autocarros nas mesmas linhas, e não os atuais 2, 2 milhões de euros que custam os transportes ao Município", disse o presidente da Câmara, Ribau Esteves na reunião pública do executivo.
Ribau Esteves justificou a opção política pela concessão como "a única solução para os investimentos necessários na modernização da frota e na recuperação do Centro coordenador de Transportes", dada a situação financeira da Autarquia.
Uma segunda proposta apresentada ao concurso, que representaria uma poupança anual de 1,4 milhões de euros para o Município, foi excluída por não respeitar o caderno de encargos do concurso, designadamente quanto à reabilitação do centro coordenador de Transportes.
Os vereadores do Partido Socialista votaram contra a concessão, defendendo que os transportes deveriam continuar a ser assegurados por um serviço municipal (Aveiro foi dos primeiros municípios a ter transportes públicos) e têm contas diferentes da maioria.
João Sousa, do PS, defendeu que se chegaria ao mesmo resultado (de poupança de cerca de um milhão de euros anuais, caso a empresa municipal MoveAveiro não tivesse sido "despojada das linhas mais rentáveis" que o anterior executivo entregou à Transdev, num acordo contestado judicialmente pelo PS.
"O que a Trandesv propõe também a MoveAveiro fazia se a sua gestão não tivesse sido mal feita, com as receitas do estacionamento (1,2 milhões de euros anuais), preconizando o PS que deverá ser o transporte privado a pagar o transporte público.
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