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Fundos 'abutre' de olhos postos na dívida do BES

As firmas de advogados portuguesas estão a ser contactadas pelos fundos ?abutre?, especializados em conseguir obter lucros com títulos de dívida, que compram a preços baixos e depois reclamam em tribunal, por verem uma oportunidade de investimento no BES e no Grupo Espírito Santo, indica o Público.

Fundos 'abutre' de olhos postos na dívida do BES
Notícias ao Minuto

08:21 - 18/08/14 por Notícias Ao Minuto

Economia Investimento

Os fundos de investimento internacionais especializados em obter lucros com títulos de dívida estão a contactar firmas de advogados portuguesas para analisar a oportunidade de investimento em obrigações do BES e do Grupo Espírito Santo, noticia o Público.

Estes fundos internacionais são conhecidos pelos investimentos de alto risco, procurando a falência de um Estado ou empresa, onde haja credores em risco de perder tudo ou quase tudo. Depois informam-se junto aos advogados locais sobre se há possibilidades de haver um processo em tribunal com hipóteses de sucesso de reembolso do crédito.

Caso verifiquem boas oportunidades compram os títulos que pouco valem e, de seguida, colocam uma ação judicial para conseguir em tribunal os títulos de dívida, superiores ao que investiram e gastaram.

Ao que tudo indica, estes fundos especulativos têm estado nas últimas semanas em contacto com várias empresas de advogados em Portugal, para se aproveitarem da situação que se vive no BES e GES.

No BES, estes fundos vêm uma situação atrativa visto que os detentores de divida subordinada viram os seus títulos perderem quase a totalidade do valor quando a responsabilidade do seu pagamento ficou no banco mau.

Ou seja, parece haver espaço para comprar os títulos, colocar ações nos tribunais que deem direito a indemnizações. Isto porque vários acionistas e detentores de dívida têm mostrado interesse em processar o BES e as autoridades pela forma como tem sido gerido a situação no banco.

Mas estes fundos olham mais longe e pensam também na dívida emitida, e agora em risco de não cumprimento, pelas sociedades relacionadas com a família Espírito Santo, como a ES Internacional, ESFG, ESFIL e Rioforte.

Estes fundos têm sido muito falados depois de terem colocado uma ação judicial em virtude do processo de reestruturação de dívida pública na Argentina.

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