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Passos (também) reúne hoje com Comissão Permanente do PSD

O primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, vai reunir-se hoje à tarde com a Comissão Permanente Nacional social-democrata, o órgão de direção mais restrito dos sociais-democratas, disse à Lusa fonte social-democrata.

Passos (também) reúne hoje com Comissão Permanente do PSD
Notícias ao Minuto

14:18 - 11/07/13 por Lusa

Política Direcção

Compõem este órgão o presidente do PSD, o secretário-geral, José Matos Rosa, e os vice-presidentes Jorge Moreira da Silva, Marco António Costa, Manuel Rodrigues, Nilza Sena, Teresa Leal Coelho e Pedro Pinto.

Esta reunião da Comissão Permanente do PSD acontece um dia depois de o Presidente da República ter proposto que os partidos que subscreveram o programa de resgate a Portugal, PSD, PS e CDS-PP, cheguem a um acordo que assegure a conclusão desse programa, prevista para junho de 2014, e estabeleça o calendário para eleições antecipadas a realizar a partir dessa data.

"Irei contactar de imediato os responsáveis dos partidos que subscreveram o memorando de entendimento para analisarmos a solução que proponho", declarou Cavaco Silva, numa comunicação ao país, na quarta-feira à noite.

Segundo o chefe de Estado, esse acordo, para além de garantir o apoio às medidas necessárias à conclusão do programa de resgate a Portugal e o regresso ao financiamento nos mercados "logo no início de 2014", deve incluir "um compromisso entre os três partidos que assegure a governabilidade do país" após as próximas legislativas.

O Presidente da República não esclareceu o que fará caso a atual maioria PSD/CDS-PP e o PS não alcancem esse acordo, afirmando apenas: "Sem a existência desse acordo, encontrar-se-ão naturalmente outras soluções no quadro do nosso sistema jurídico-constitucional".

"Nos termos da Constituição, como disse, existirão sempre soluções para a atual crise política", reiterou.

Esta comunicação ao país do Presidente da República foi feita na sequência de uma crise no executivo, que envolveu um pedido "demissão do Governo" do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e presidente do CDS-PP, Paulo Portas, na terça-feira da semana passada, um dia depois de o ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, se ter demitido.

Paulo Portas classificou a sua demissão de "irrevogável" e justificou-a com o facto de o primeiro-ministro ter optado pelo que considerou ser um "caminho de mera continuidade no Ministério das Finanças", ao substituir Vítor Gaspar por Maria Luís Albuquerque, apesar da sua discordância, que referiu ter "atempadamente" comunicado.

A primeira iniciativa pública do Presidente da República face a esta crise política foi anunciar, na quarta-feira, que iria ouvir o primeiro-ministro no dia seguinte e, mais tarde, os partidos com assento parlamentar.

Entretanto, na sequência de uma série de encontros, os presidentes do PSD e do CDS-PP chegaram a um "entendimento político" para a continuidade do executivo, que Pedro Passos Coelho foi apresentar ao Presidente da República, Cavaco Silva, na sexta-feira ao final do dia.

No sábado, as direções do PSD e do CDS-PP reuniram-se num hotel de Lisboa e, com Paulo Portas ao seu lado, Pedro Passos Coelho divulgou as linhas gerais desse "entendimento político", declarando que ele assegurava a estabilidade do XIX Governo Constitucional até ao fim da legislatura e o cumprimento os compromissos externos de Portugal, reforçava o valor dado à política económica e tinha consequências na composição do Governo.

O primeiro-ministro adiantou ter proposto Paulo Portas para o cargo de vice-primeiro-ministro, "com a responsabilidade de coordenar as políticas económicas e de coordenar o relacionamento com a 'troika', bem como as orientações para a reforma do Governo", e a manutenção de Maria Luís Albuquerque como ministro de Estado e das Finanças.

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