"SIRESP não é para os dias fáceis" portanto não pode levantar problemas
Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, falou esta terça-feira aos jornalistas a partir de Serpa.
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Política Bloco de Esquerda
O Bloco de Esquerda sempre foi contra o modelo do SIRESP desde o início”, começou por dizer Catarina Martins aos jornalistas, quando desafiada a comentar aquele sistema de comunicações.
Recorde-se que hoje foi divulgado um relatório onde a entidade operadora do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) conclui que “não houve interrupções no funcionamento da rede” durante os incêndios, admitindo apenas algumas “situações de saturação”.
A coordenadora do Bloco de Esquerda sublinhou que há duas questões que sempre foram colocadas pelo partido. “O modelo financeiro é absurdo”, explicou, indicando que se trata de “uma PPP que custou ao Estado cinco vezes mais do que o custo concreto de montar o sistema”.
Paralelamente, criticou Catarina Martins, sempre foram levantadas “dúvidas sobre o próprio modelo técnico”.
“O SIRESP, ao concentrar demais, provoca que quando haja um problema qualquer há muito tipo de comunicações que ficam impossibilitadas. Ora, o SIRESP não é para os dias fáceis”, acrescentou.
A coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu ainda que à frente do negócio do SIRESP deve estar a segurança das populações e Portugal já devia ter aprendido que precisa de um sistema de comunicações de emergência público.
"Infelizmente, não é a primeira vez que o SIRESP tem falhas e já devíamos ter aprendido que precisamos de um sistema de comunicações integralmente público, com responsabilidade pública, e que à frente do negócio de uma PPP [parceria público-privada] esteja a segurança das populações", disse Catarina Martins.
O relatório da operadora sobre o desempenho do SIRESP "tem algumas contradições", porque "diz que não houve falhas, mas depois diz que, na verdade, houve sobrecarga e não funcionou", recordou Catarina Martins.
A coordenadora do Bloco de Esquerda frisou que a Autoridade Nacional de Proteção Civil "foi a primeira entidade" a "dizer ao país que houve falhas graves nas comunicações ao longo de quatro dias, nos momentos mais críticos até do incêndio, que foram um entrave ao próprio combate ao incêndio e à proteção das populações".
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