PSD e CDS adiam decisão sobre audição de Carlos Costa sobre CGD
PSD e CDS-PP adiaram para a próxima semana a discussão sobre a audição do governador do Banco de Portugal sobre a Caixa Geral de Depósitos na comissão parlamentar de finanças, recusando debater o requerimento do PS hoje.
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Política Caixa
Os deputados do PS na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA) requereram a audição com caráter de urgência do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, para esclarecer a situação da CGD, disse na terça-feira à noite o deputado socialista João Galamba.
Uma vez que o pedido deu entrada 24 horas antes do início da reunião da COFMA, que ocorreu hoje de manhã, "basta um grupo parlamentar opor-se, para não ser admitido. Foi o que fizeram PSD e CDS-PP", explicou à agência Lusa o deputado socialista João Paulo Correia.
Agora, o requerimento do PS vai ser discutido na próxima reunião da COFMA, que decorre na próxima semana, acrescentou.
"O requerimento chegou-nos já com a reunião em curso. Foi o PS que não cumpriu" com os prazos, disse à Lusa o deputado social-democrata António Leitão Amaro, quando questionado sobre os motivos que levaram o PSD a recusar a admissão do requerimento do PS na COFMA.
"Aparentemente, o PS está a tentar por tudo minimizar e fragilizar o trabalho da Comissão de Inquérito à CGD. E à última da hora arranjaram este exercício", disse.
Leitão Amaro referiu também que foram solicitados à mesa da COFMA esclarecimentos sobre a articulação de documentos e audições entre a Comissão de Inquérito à CGD e as restantes comissões, para perceber em que comissão é que Carlos Costa deverá ser ouvido.
Questionado sobre se o PSD vai viabilizar a audição do governador na COFMA, Leitão Amaro remeteu uma posição dos sociais-democratas para essa altura.
Para o PS, a recusa de admissão do PSD e do CDS-PP "foi lamentável", considerando que demonstra "o desinteresse" dos dois partidos "em esclarecer, de facto, a situação da CGD, ouvindo na COFMA, o quanto antes, o responsável pela estabilidade financeira".
A CGD tem estado no centro do debate político e o PSD e o CDS-PP assinaram na segunda-feira o texto que pede a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito, que pretendem que tenha início no final de julho, numa altura em que se discute a recapitalização do banco público, com a imprensa a referir valores que podem ascender a 4.000 milhões de euros.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, está a apresentar, desde as 15:30, em conferência de imprensa, o plano de reestruturação da CGD.
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