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"Para nós é claro: Quando se trata da extrema-direita, não significa não"

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, disse hoje em Bruxelas que "não significa não" relativamente à extrema-direita, em Portugal e na União Europeia (UE), comprometendo-se a trabalhar para uma vitória socialista nas eleições em Portugal e europeias.

"Para nós é claro: Quando se trata da extrema-direita, não significa não"
Notícias ao Minuto

10:18 - 31/01/24 por Lusa

Política Pedro Nuno Santos

"Para nós, é muito claro: quando se trata da extrema-direita, não significa não. Nada de coligações, nada de acordos parlamentares, nada de negócios ocultos nos bastidores, nada de cópias em papel da sua agenda dura", declarou Pedro Nuno Santos, intervindo no Parlamento Europeu, em Bruxelas, perante a bancada dos Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D).

Intervindo numa reunião com o grupo político do PS na assembleia europeia, o secretário-geral garantiu que a posição dos socialistas deve "ser forte e coerente antes e depois qualquer dia de eleições".

"Somos diferentes deles e temos muito orgulho nisso [...]. É por isso que temos de nos manter unidos, trabalhar lado a lado incansavelmente para ganhar as próximas eleições - primeiro as eleições nacionais em Portugal e depois as eleições europeias em junho", adiantou Pedro Nuno Santos.

Com as eleições legislativas marcadas para março e as europeias para junho, o responsável defendeu "uma reflexão coletiva" entre o S&D.

"Na linha da frente das nossas preocupações deve estar a ascensão das ideologias de extrema-direita em todo o continente europeu, ameaçando a própria base sobre a qual as nossas democracias foram construídas. Trata-se de uma investida ideológica que exige uma ação clara e forte por parte daqueles de nós que prezam os princípios de uma comunidade de cuidados. Onde o outro, o diferente, não é temido, mas sim abraçado", elencou.

Por essa razão, continuou, "temos de nos manter firmes contra a maré de populismo, nacionalismo e xenofobia que procura minar os alicerces da nossa identidade europeia".

"Infelizmente, receio que não possamos contar com um muro democrático alargado, que inclua quase todas as alas políticas não populistas. O silêncio -- ou devo dizer -- a complacência dos partidos políticos de centro-direita, que estão dispostos a comprometer os seus princípios em nome de ganhos políticos a curto prazo, representa um perigo que não pode ser ignorado", argumentou Pedro Nuno Santos.

O líder socialista falou na "disseminação desta tendência" em países como Espanha, Itália, Suécia e Finlândia.

"Agora também em Portugal, é bem possível que isso aconteça no próximo Parlamento Europeu", adiantou.

Falando à imprensa no final da intervenção, a presidente do S&D, Iratxe García, saudou o facto de Pedro Nuno Santos de se ter deslocado a Bruxelas "apenas três semanas após ter sido eleito" novo secretário-geral do PS.

"Temos um novo líder [do PS] com muita experiência, mas ao mesmo tempo com novas ideias", concluiu.

Iratxe García agradeceu ainda a António Costa "pelo compromisso" ao nível social.

[Notícia atualizada às 11h49]

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