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Ministra ouvida sobre alegados atrasos na escola de ciberdefesa em junho

A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, vai ser ouvida no parlamento sobre alegados atrasos na criação da escola de ciberdefesa no dia 07 de junho, foi hoje aprovado.

Ministra ouvida sobre alegados atrasos na escola de ciberdefesa em junho
Notícias ao Minuto

17:36 - 09/05/23 por Lusa

Política Helena Carreiras

O requerimento apresentado pelo PSD pedia a audição da governante com caráter de urgência, exigência que acabou por ser retirada pelos sociais-democratas após sugestão do PS e da IL, tendo ficado decidido que o tema será discutido no mesmo dia da audição regimental já agendada para 07 de junho.

Também no dia 07, a pedido do gabinete da ministra da Defesa, segundo o presidente da comissão parlamentar, Marcos Perestrello, Helena Carreiras será ouvida a propósito da polémica que envolveu o navio Mondego, que falhou uma missão na costa da Madeira após a recusa de 13 militares em embarcar, alegando falta de condições. Sobre esta matéria, havia também um requerimento da IL que já tinha sido aprovado em março.

O pedido de audição do PSD é justificado com "notícias veiculadas na imprensa", nomeadamente no Diário de Notícias, de que "a criação da Escola de Ciberdefesa irá sofrer um atraso preocupante" em virtude de o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA) "ter decidido abrir um concurso público internacional".

Na discussão, a deputada do PSD Cristiana Ferreira defendeu que, "para o PSD, esta situação reveste-se de enorme preocupação podendo afetar a credibilidade do Estado português junto dos seus parceiros internacionais e põe em causa o desenvolvimento no plano da ciberdefesa".

Pelo PS, o deputado Diogo Leão considerou que o requerimento em causa podia ter sido uma pergunta dirigida ao Governo, discordando do "caráter de urgência" da audição e defendendo que a situação não tem "a dimensão catastrófica" apresentada pelos sociais-democratas.

Pedro Pessanha, deputado do Chega, não quis colocar em causa "as preocupações do PSD" mas salientou: "Se cada vez que temos uma dúvida chamamos a ministra, a ministra deixa de ter tempo de tratar dos assuntos que lhe são próprios", disse.

Pela Iniciativa Liberal, o líder parlamentar Rodrigo Saraiva mostrou-se favorável à audição, apesar de também sugerir que o caráter de urgência fosse retirado.

Esta solução acabou por ser aprovada com as abstenções do PS e do Chega, e os votos favoráveis do PSD e da IL.

Após o debate, o presidente da comissão parlamentar de Defesa, o socialista Marcos Perestrello, pediu uma reflexão aos deputados.

"Insistia que os senhores deputados reflitam nisto: a facilidade com que se prime o gatilho a pedir a vinda dos membros do Governo à Assembleia pode às vezes colidir com as dificuldades da nossa capacidade de agendamento e até poder esvaziar as audições regimentais, que apesar de tudo, não são assim tão poucas", salientou.

Antes, o deputado socialista pediu aos deputados que refletissem sobre o risco de as audições regimentais se poderem transformar "numa maratona" ou uma "jornada de dia inteiro", ao serem acrescentados pontos, oriundos de outros requerimentos, à ordem de trabalhos.

No passado dia 03 de maio, na discussão da Lei de Programação Militar (LPM) e a Lei de Infraestruturas Militares (LIM), a ministra da Defesa respondeu ao PSD sobre este tema, dizendo: "Não creio que existam atrasos, e aqueles que existem são obviamente recuperáveis".

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