Albuquerque reafirma "compromisso" de aposta na habitação na Madeira

O cabeça de lista do PSD às eleições regionais do próximo domingo na Madeira, Miguel Albuquerque, reafirmou hoje o compromisso de resolução do problema da falta de habitação, caso seja reeleito.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
20/05/2024 15:50 ‧ 20/05/2024 por Lusa

Política

Madeira

"Venho aqui ao Porto Santo reafirmar o nosso compromisso relativamente à habitação, que é uma das prioridades para a Madeira", disse o também presidente demissionário do Governo Regional, numa visita à ilha em campanha eleitoral.

Admitindo que vai aproveitar a sua deslocação à ilha para participar noutras ações no âmbito das funções governativas, Miguel Albuquerque lembrou que o executivo regional (PSD/CDS) prevê, até ao fim deste ano, a conclusão de 613 fogos e, até 2026, mais 200 casas, na modalidade de renda acessível.

"E depois, no próximo mandato, a minha intenção é construir 695 fogos a custos controlados", apontou, repetindo números apresentados no domingo na ilha da Madeira.

No caso do Porto Santo, o também líder social-democrata madeirense mencionou que estão neste momento em construção 30 fogos na modalidade de renda acessível.

"Vou construir também, no próximo mandato, aqui no Porto Santo, mais 30 fogos em terrenos do governo e isso significa a custos controlados, que vão ser colocados no mercado a preços 30% a 35% inferiores", anunciou.

O recandidato à presidência do Governo Regional acrescentou que também a Câmara Municipal do Porto Santo, liderada pelo PSD, "vai construir mais 24 fogos também na modalidade de custos controlados".

Estas são promessas que, segundo o social-democrata, "serão cumpridas caso o PSD forme governo e seja eleito".

"Nós já estamos num caminho de concretizar aquela que é uma necessidade premente da região, construção de habitação em todos os concelhos, e vamos reforçar essa necessidade no próximo [mandato]", sublinhou.

Miguel Albuquerque, que preside ao Governo da Madeira desde 2015, assegurou novamente que está "tudo estimado" e que estão "as contas feitas", rejeitando que a construção destas habitações seja suportada apenas por fundos europeus.

No setor da habitação, mencionou, há outras modalidades de ajudas, como os apoios para baixar as taxas de juro, os apoios às cooperativas e a redução do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA) na construção.

"Tudo isso significa que a habitação de qualidade que é colocada no mercado vai ter um custo 35% inferior ao que é suscetível de se encontrar no mercado normal", enfatizou.

Catorze candidaturas disputam os 47 lugares no parlamento regional: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando Albuquerque foi constituído arguido num processo de alegada corrupção.

Em 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco, o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

Leia Também: BE quer baixar o IVA e acusa Albuquerque de governar para os ricos

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