Base e trabalhadores das Lajes "não são descartáveis"
O cabeça de lista às eleições europeias pelo Movimento Partido da Terra (MPT), António Marinho Pinto, defendeu hoje, nos Açores, que a base e os trabalhadores das Lajes "não são descartáveis".
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Política Marinho Pinto
À saída de uma reunião, na Praia da Vitória, com os trabalhadores portugueses ao serviço do destacamento norte-americano nas Lajes, o antigo bastonário da Ordem dos Advogados referiu que a defesa dos postos de trabalho perante a anunciada redução do efetivo militar dos EUA é "uma questão regional, nacional e europeia".
"O território nacional não pode ser uma coisa descartável que se utiliza quando interessa, por vezes em condições demasiado favoráveis, e quando não interessa descarta-se", disse aos jornalistas António Marinho Pinto, que apelou à defesa "dos compromissos" e da "dignidade humana".
O candidato às eleições para o parlamento europeu de 25 de maio sublinha que a base das Lajes, na ilha Terceira, "vai continuar a ter interesse, tanto ou mais do que tem tido até aqui".
Segundo António Marinho Pinto, em causa está "um processo de subvalorização" da estrutura militar açoriana pelo governo norte-americano que "tem de ser discutido", mas "sem ceder" na salvaguarda dos trabalhadores portugueses.
"A importância da Base das Lajes e dos Açores, como um gigantesco porta-aviões a meio do Atlântico, não vai desaparecer e notem que a China está a fazer um investimento estrondoso na América Central para abrir mais um canal de ligação do oceano atlântico ao pacífico, e, portanto, podem ter interesse nisto [na Base das Lajes] e não serem só os Estados Unidos", contextualizou o candidato do MPT.
No âmbito da visita de três dias aos Açores que, na sexta-feira, na ilha de em São Miguel, inclui, além de contactos com a população, encontros com representantes da Associação de Jovens Agricultores Micaelenses, da Universidade dos Açores e da Associação de Imigrantes dos Açores, António Marinho Pinto destacou "as mais-valias enormes" da carne e lacticínios açorianos e a necessidade de "um investimento muito forte" nas pescas no âmbito do processo de aumento da zona económica exclusiva nacional.
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