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Rendeiro? "É assim que se alimenta divórcio entre as pessoas e o regime"

Rui Rio considera que, "infelizmente, é assim que Portugal funciona". Ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) não pretende regressar a Portugal e diz que se tornou num "bode expiatório".

Rendeiro? "É assim que se alimenta divórcio entre as pessoas e o regime"
Notícias ao Minuto

12:38 - 29/09/21 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política Rui Rio

O líder do PSD recorreu, esta terça-feira, ao Twitter, para comentar a fuga de João Rendeiro para fora da Europa, de modo a conseguir 'escapar' à Justiça e não cumprir pena a que foi condenado. Rui Rio afirmou que "é assim que se abre espaço às forças radicais".

Mas não se ficou por aí. "É assim que se fomenta a abstenção. É assim que se alimenta o divórcio entre as pessoas e o regime. Infelizmente, é assim que Portugal funciona", contesta Rio.

De lembrar que o ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) viajou para Londres este verão e, uma vez lá, saiu para um país fora da Europa, não tendo intenção de regressar a Portugal.

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, acontece em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa. Apesar da sua pequena dimensão, teve importantes repercussões devido a potenciais efeitos de contágio ao restante sistema bancário e quando se vivia uma crise financeira.

Na vertente judicial, vários gestores do BPP têm sido condenados pelos tribunais e com penas pesadas, destacando-se o presidente João Rendeiro.

"Tornei-me bode expiatório"

O ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) João Rendeiro, condenado, terça-feira, a prisão efetiva num processo por crimes de burla qualificada, diz que não pretende regressar a Portugal por se sentir injustiçado e vai recorrer a instâncias internacionais.

Num artigo publicado no seu blogue Arma Crítica, João Rendeiro revela que já pediu ao advogado para comunicar a decisão à justiça portuguesa e diz que se tornou "bode expiatório de uma vontade de punir os que, afinal, não foram punidos".

"É uma opção difícil, tomada após profunda reflexão. Solicitei aos meus advogados que a comunicassem aos processos e quero por esta via tornar essa decisão pública", escreve.

Rendeiro, que foi condenado a três anos e seis meses de prisão efetiva num processo por crimes de burla qualificada, lembra que já num outro processo em que tinha sido condenado a pena suspensa por falsificação de documentos e falsidade informática, o Tribunal da Relação acabou por tomar uma "decisão inesperada" ao reverter a pena para oito anos de prisão efetiva.

No texto hoje divulgado no blogue Arma Crítica, Rendeiro diz que se sente injustiçado pela justiça portuguesa e que vai tentar que "as instâncias internacionais avaliem o modo como tudo se passou".

Leia Também: Ex-presidente do BPP fugiu à Justiça para não cumprir pena

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