Rendeiro? "É assim que se alimenta divórcio entre as pessoas e o regime"
Rui Rio considera que, "infelizmente, é assim que Portugal funciona". Ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) não pretende regressar a Portugal e diz que se tornou num "bode expiatório".
© Global Imagens
Política Rui Rio
O líder do PSD recorreu, esta terça-feira, ao Twitter, para comentar a fuga de João Rendeiro para fora da Europa, de modo a conseguir 'escapar' à Justiça e não cumprir pena a que foi condenado. Rui Rio afirmou que "é assim que se abre espaço às forças radicais".
Mas não se ficou por aí. "É assim que se fomenta a abstenção. É assim que se alimenta o divórcio entre as pessoas e o regime. Infelizmente, é assim que Portugal funciona", contesta Rio.
De lembrar que o ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) viajou para Londres este verão e, uma vez lá, saiu para um país fora da Europa, não tendo intenção de regressar a Portugal.
É assim que se abre espaço às forças radicais. É assim que se fomenta a abstenção. É assim que se alimenta o divórcio entre as pessoas e o regime. Infelizmente, é assim que Portugal funciona. https://t.co/cR2B4nq4OG
— Rui Rio (@RuiRioPSD) September 28, 2021
O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, acontece em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa. Apesar da sua pequena dimensão, teve importantes repercussões devido a potenciais efeitos de contágio ao restante sistema bancário e quando se vivia uma crise financeira.
Na vertente judicial, vários gestores do BPP têm sido condenados pelos tribunais e com penas pesadas, destacando-se o presidente João Rendeiro.
"Tornei-me bode expiatório"
O ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) João Rendeiro, condenado, terça-feira, a prisão efetiva num processo por crimes de burla qualificada, diz que não pretende regressar a Portugal por se sentir injustiçado e vai recorrer a instâncias internacionais.
Num artigo publicado no seu blogue Arma Crítica, João Rendeiro revela que já pediu ao advogado para comunicar a decisão à justiça portuguesa e diz que se tornou "bode expiatório de uma vontade de punir os que, afinal, não foram punidos".
"É uma opção difícil, tomada após profunda reflexão. Solicitei aos meus advogados que a comunicassem aos processos e quero por esta via tornar essa decisão pública", escreve.
Rendeiro, que foi condenado a três anos e seis meses de prisão efetiva num processo por crimes de burla qualificada, lembra que já num outro processo em que tinha sido condenado a pena suspensa por falsificação de documentos e falsidade informática, o Tribunal da Relação acabou por tomar uma "decisão inesperada" ao reverter a pena para oito anos de prisão efetiva.
No texto hoje divulgado no blogue Arma Crítica, Rendeiro diz que se sente injustiçado pela justiça portuguesa e que vai tentar que "as instâncias internacionais avaliem o modo como tudo se passou".
Leia Também: Ex-presidente do BPP fugiu à Justiça para não cumprir pena
Seguro de vida: Não está seguro da sua decisão? Transfira o seu seguro de vida e baixe a prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com