Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
12º
MIN 12º MÁX 17º

"Goleada!" Quaresma e Costa derrotaram Ventura "sem apelo nem agravo"

Luís Marques Mendes analisou, este domingo, a atitude do deputado do Chega, mas também o regresso à atividade e a relação Mário Centeno/António Costa.

"Goleada!" Quaresma e Costa derrotaram Ventura "sem apelo nem agravo"
Notícias ao Minuto

23:11 - 10/05/20 por Notícias Ao Minuto

Política Marques Mendes

Luís Marques Mendes analisou, este domingo, vários temas, entre as quais o regresso à atividade após três Estados de Emergência, a aplicação Covid-19 para telemóveis e o Novo Banco, no seu espaço de comentário político semanal, no Jornal da Noite da SIC.

O social-democrata começou o comentário de hoje com um balanço sobre a primeira semana de desconfinamento. Quanto à Saúde Pública, Marques Mendes salientou “bons sinais”.

“Nos transportes públicos não houve o caos que se temia. Nas ruas nota-se que a generalidade das pessoas passou a usar máscaras. O número de infetados, de internados e de vítimas mortais está sob controlo”, descreveu, frisando, contudo, que não podemos ainda “facilitar nem embandeirar em arco”, pois é muito cedo para conclusões seguras.

Já no plano económico e social, o Conselheiro de Estado, disse que há três “más notícias”.

Primeiro devido ao adiamento da apresentação do Fundo Europeu para a Recuperação Económica, pois “já vai ser muito difícil dinheiro mobilizável até ao verão”. Depois pelas previsões da Comissão Europeia que, sublinhou, “são menos más que as do FMI, mas são más na mesma. A diferença é entre o péssimo e o muito mau. A recessão de 2012 à beira da deste ano é uma brincadeira. O pior ano da Troika foi em 2012 e o que está previsto agora é pior do que o pior”. E, por último, porque “a recessão de que pode ser ainda mais profunda e a recuperação ainda mais lenta que o previsto”.

“Há muita incerteza no ar: a recuperação demorada do turismo, as exportações dependentes dos outros países, o risco de uma segunda vaga, o drama do desemprego, da fome e da exclusão social”.

Ainda quanto à Saúde Pública, Marques Mendes diz que houve uma “omissão grave” esta semana. “Passou mais uma semana e ainda não houve uma reunião entre o Governo, as Misericórdias e as IPSS para definirem um plano para o fim do isolamento dos idosos. Isto é uma violência. Há dois meses que os idosos, que estão em lares, não podem contactar sequer com familiares. Se não houver uma mudança, os idosos não morrem da doença, mas morrem da cura”, atirou.

sobre a aplicação Covid-19 para telemóveis, Marques Mendes sublinhou que esta vem dar esperança às pessoas e meios de proteção contra o vírus, revelando que até ao final do mês esta pode estar a funcionar. “É colocar a tecnologia ao serviço da saúde pública”, garantiu.

O objetivo da app, recorde-se é que qualquer pessoa que tenha tido contacto próximo com um infetado passa a ser avisada, através de uma mensagem, que usa a tecnologia Bluetooth e não GPS.

O ex-ministro dos Assuntos Parlamentares relembrou ainda que esta aplicação é gratuita, voluntária e garante o total anonimato e privacidade do doente.

“É essencial para reforçar a proteção de pessoas, para alertar rapidamente os cidadãos para uma exposição de risco a alguém infetado com Covid-19. E é tanto mais eficaz quanto mais pessoas a utilizarem”, lembrou Marques Mendes.

Sobre o Novo Banco, o social-democrata acusou Mário Centeno de desautorizar o primeiro-ministro, António Costa.

“O caso mais sério é o da desautorização do primeiro-ministro sobre o Novo Banco. Só não cai o Carmo e a Trindade porque estamos num tempo anormal. O primeiro-ministro anda a dizer há semanas que não haverá mais dinheiro para o Novo Banco sem uma prévia auditoria. Repetiu isso na Assembleia da República e logo a seguir veio a saber-se que Centeno já tinha transferido a dotação para o Novo Banco, mesmo sem auditoria”, atirou o antigo governante.

Ainda sobre política e sobre um dos assuntos mais comentados da semana, a “trivela” de Ricardo Quaresma” a André Ventura. De acordo com o comentador, o deputado do Chega “não quer resolver qualquer problema dos ciganos. O que ele quer é arranjar uma bandeira, uma questão fraturante, para dar nas vistas e "sacar" votos. Não lhe correu bem. Ricardo Quaresma, primeiro, e António Costa, depois, derrotaram-no sem apelo nem agravo. Goleada!”.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório