Usar carro na cidade? É preciso que seja opção "estúpida" financeiramente
A opinião é de Vital Moreira, que defende ainda que "a generalidade das pessoas só reage ao argumento financeiro. Sem ele, a luta contra o automóvel nas cidades "não pode ser ganha".
© Carlos Manuel Martins / Global Imagens
Política Vital Moreira
O urbanista canadiano-dinamarquês Mikael Colville-Anderson sustentou, recentemente, em declarações ao Jornal Público, que "tem de se fazer com que o automóvel seja a opção mais estúpida dentro da cidade". Quem recorda as declarações do urbanista é Vital Moreira. Mas o constitucionalista vai mais além, defendendo que "não basta ser a mais estúpida em termos ambientais, de saúde e bem-estar; é preciso também ser estúpida em termos financeiros".
E para que o uso do carro seja, efetivamente, a opção "mais estúpida em termos financeiros" não basta, no entendimento do político, "embaratecer e facilitar os meios alternativos, nomeadamente os transportes públicos, mas também tornar proibitivo o uso do automóvel nas cidades".
Para tal, defende o professor universitário, é necessário estabelecer "portagens à entrada e no acesso aos centros urbanos", generalizar "o estacionamento pago" e acabar "com o estacionamento gratuito nos estabelecimentos públicos, aumentando as taxas de estacionamento e punindo severamente o estacionamento irregular, criando uma taxa de ocupação duradoura do espaço público para quem não tem estacionamento privativo".
Os automóveis, acrescenta ainda numa publicação no blogue 'Causa Nossa', "e não os cidadãos em geral, devem pagar as enormes externalidades negativas que geram, em termos ambientais e de saúde, de ocupação e de congestionamento do espaço público, de degradação dos edifícios e, mesmo, em termos de segurança".
"A generalidade das pessoas só reage ao argumento financeiro. Sem ele, a luta contra o automóvel nas cidades não pode ser ganha", remata.
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