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Cristas e Costas concordam em discordar sobre criação de imposto europeu

A líder do CDS, Assunção Cristas, e o primeiro-ministro, António Costa, tiveram hoje um frente a frente mais tranquilo do que no anterior debate quinzenal, no parlamento, e até concordaram em discordar sobre os impostos europeus.

Cristas e Costas concordam em discordar sobre criação de imposto europeu
Notícias ao Minuto

17:01 - 06/02/19 por Lusa

Política Debate

Menos de duas semanas depois do debate em que a tensão entre os dois subiu devido a uma pergunta de Assunção Cristas sobre se condenava os incidentes no bairro da Jamaica, Seixal, em que António Costa questionou se a questão estava relacionada com o seu "tom de pele", hoje o debate foi diferente.

Cristas desafiou Costa a dizer que, no quadro europeu, o Governo prescindia do "direito a veto" na decisão sobre criação de impostos europeus "nas costas dos portugueses".

Portugal "está a prescindir de um direito de soberania", acusou.

António Costa afirmou que, a serem criados, estes impostos não atingem diretamente os portugueses, mas sim as grandes multinacionais, por exemplo, da área digital.

E contrapôs que o princípio da unanimidade favoreceu os "países que querem ser paraísos fiscais", nessas áreas, como a digital.

Por duas vezes, a líder centrista disse que, se se confirmar que Portugal prescinde do princípio da unanimidade, "prescinde do veto" à criação de impostos europeus que podem atingir os contribuintes.

"Hoje a Google, amanhã o mar português", alertou.

António Costa contrapôs que se poderá fazer "à escala europeia" o que não se faz a nível nacional e deu o exemplo das "pequenas e médias" empresas, como cafés, questionando se achava justo que essas pagassem impostos e as outras, as grandes empresas, "não paguem aqui nem" ao nível europeu.

Já no fim deste frente-a-frente, tanto Assunção Cristas como António Costa admitiram esta divergência.

"Entende que de hoje para amanhã podem ser criados impostos contra a vontade de Portugal. O CDS é frontalmente contra", afirmou Assunção Cristas.

António Costa registou a diferença de posições e comentou que "essas são as boas divergências" que podem existir entre o executivo e um partido.

Ainda durante o debate, Cristas questionou Costa sobre as medidas para apoiar os cuidadores informais e as pessoas cuidadas, que vão ser aprovadas na quinta-feira, em Conselho de Ministros.

"Será um verdadeiro estatuto do cuidador ou são regras isoladas?", questionou, depois de registar a coincidência de também estar previsto para quinta-feira o anúncio da proposta centrista para os cuidadores informais.

O chefe do executivo não respondeu em concreto à líder do CDS-PP, remetendo-a para o texto da proposta de lei que será aprovada pelo Governo.

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