António Costa e o ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes visitaram Marcelo Rebelo de Sousa ao final desta manhã de sexta-feira.

O Presidente da República foi operado de urgência na tarde da última quinta-feira no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, a uma hérnia umbilical que encarcerou. A cirurgia correu bem e foi um Marcelo Rebelo de Sousa "felizmente muito bem disposto e a recuperar bem" o que Costa encontrou.

Adiantou o primeiro-ministro que, "segundo o professor Eduardo Barroso", Marcelo está "em boas condições clínicas. Quanto à aparência para um leigo", adianta o primeiro-ministro que encontrou Marcelo "muito conversador, animado e bem-disposto".

"Acho que temos um Presidente para na próxima semana regressar à atividade normal", afirmou ainda Costa, sorridente, destacando "a natureza do Presidente" e a sua "vontade indomável de estar sempre em ação".

Instigado por jornalistas, Costa acabaria depois por falar sobre o diploma relativo ao financiamento dos partidos, que tanta celeuma tem suscitado.

"Não vim incomodar o Presidente com trabalho. Vim desejar-lhe naturalmente as melhoras, inteirar-me do seu estado de saúde, falar com um amigo e oferecer-lhe um bom livro de espionagem, que é sempre muito bom para recuperar e descansar nestes períodos pós-operatórios", afirmou Costa.

"Ninguém vem incomodar com assuntos de trabalho uma pessoa que foi operada há menos de 24 horas. Seria inoportuno", acrescentou ainda o governante.

Marcelo, a recuperar, ainda promulgou diplomas

"A intervenção sob anestesia geral, demorou cerca de hora e meia e decorreu sem intercorrências", lia-se na nota desta manhã do site da Presidência da República sobre a cirurgia de Marcelo. Pelas 19h00, Marcelo já estava no quarto. "O pós-operatório está a decorrer sem problemas" e, tudo indica, Marcelo terá alta ainda antes da Passagem de Ano.

O 'irrequieto' Presidente da República que só uma hérnia umbilical parou ainda acabou por promulgar quatro diplomas a partir da cama do hospital. 

Apesar da cirurgia, não será necessário Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, substituir temporariamente o presidente, à imagem do que aconteceu em 1996, quando Almeida Santos substituiu Jorge Sampaio quando este foi sujeito a uma cirurgia ao coração.

Na verdade, com alguma descontração, Ferro Rodrigues amenizou quaisquer potenciais alarmes sobre a saúde de Marcelo, explicando, após uma visita ao chefe de Estado, que esta intervenção "não é muito mais grave do que uma ida ao dentista".

[Notícia atualizada às 14h05]