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Algarve: Entre janeiro e outubro arderam mais de 290 hectares de floresta

Os 365 incêndios florestais que deflagraram este ano no Algarve consumiram mais de 290 hectares de área florestal, a maior parte motivada por apenas dois fogos, anunciou hoje a Autoridade Nacional de Proteção Civil de Faro.

Algarve: Entre janeiro e outubro arderam mais de 290 hectares de floresta
Notícias ao Minuto

19:42 - 30/11/17 por Lusa

País Incêndios

Entre 01 de janeiro e 31 de outubro arderam 290,4 hectares da floresta algarvia, menos 5.510,7 hectares comparativamente com o período homólogo do ano passado, disse o comandante operacional do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, no balanço do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF).

Segundo o comandante Vítor Vaz Pinto, dos 290,4 hectares de área ardida, 140,67 hectares resultaram de apenas dois incêndios, registados nos concelhos de Loulé (100,14 hectares) e em Tavira (40,53).

"Estes dois incêndios consumiram 130,4 hectares de áreas em povoamentos", indicou Vaz Pinto durante a apresentação do balanço do DECIF em Faro, que contou com a presença do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

No entender de Vaz Pinto, "o ano foi positivo para a região do Algarve, tendo em conta a severidade das condições meteorológicas e tendo em conta as áreas ardidas", embora se registasse um aumento total de cerca de 27% do número de ocorrências face ao mesmo período de 2016".

"Foi na fase Bravo, entre 15 de maio e 30 de junho, que se registou um maior aumento do número de ocorrências", frisou.

Segundo o comandante operacional da Proteção Civil de Faro, "o posicionamento e a atuação rápida das equipas de primeira intervenção foi essencial para que a área florestal ardida no Algarve, não fosse mais significativa".

De acordo com os dados da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), no Algarve, a "severidade meteorológica foi semelhante aos valores registados em 2012, ano em que arderam 25.607 hectares, registando-se a partir de meados de agosto, valores idênticos aos de 2005, potenciado pelo tempo quente e seco".

O comandante operacional da região de Faro, revelou ainda que "nos últimos 18 anos, arderam no Algarve 145.680 hectares de área florestal".

Das 635 ocorrências registadas, 270 foram falsos alarmes e 365 foram incêndios, dos quais nove não foram dominados no ataque inicial, ou seja, nos primeiros 90 minutos, após o alerta.

Os dados revelados no balançou do DECIF indicam que, "segundo as causas apuradas pela GNR que investigou os incêndios, verificou-se uma diminuição das causas negligentes (uso de fogo), tendo sido efetuadas três detenções em flagrante delito pela prática de incêndio florestal".

Por outro lado, foram identificados e constituídos arguidos 52 pessoas por crime de incêndio, tendo a GNR levantado 194 autos por crime de incêndio, enquanto a Polícia Judiciária, deteve duas pessoas e constituiu cinco como arguidos, no âmbito das investigações aos incêndios florestais.

Para Vítor Vaz Pinto, a diminuição da área ardida no Algarve, resulta das medidas preventivas e da formação/treino operacional e qualificação dos recursos humanos, fatores que continuam a ser uma prioridade na região.

O responsável operacional do Algarve acrescentou ainda que os bombeiros afetos ao dispositivo foram aumentados em 15 euros, auferindo um valor de 60 euros diários, por períodos de 24 horas de trabalho, constituindo um reforço financeiro de mais de 343 mil euros, assegurado equitativamente pelos 16 municípios do distrito de Faro.

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