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Recuperação de rendimentos de professores tem de ser "num prazo razoável"

Francisco Louçã fez uso do seu espaço habitual de comentário na SIC para abordar a questão negocial entre Governo e professores.

Recuperação de rendimentos de professores tem de ser "num prazo razoável"
Notícias ao Minuto

23:59 - 17/11/17 por Notícias Ao Minuto

País Francisco Louçã

Francisco Louçã usou o seu tempo da antena semanal na SIC para abordar as negociações entre o Governo e os sindicatos de professores. Sobre as negociações que ainda estão a decorrer, o comentador refere que "tiveram uma viragem estranha".

"Durante a tarde de ontem, a negociação foi muito difícil. À noite, houve alguns sinais de que poderia haver um acordo no registo do direito dos professores sobre os anos em que foram prejudicados por um congelamento das carreiras e das progressões. Depois, de manhã, Mário Centeno lançou um 'balde de água fria', a dizer que não haveria esse reconhecimento. À tarde, o primeiro-ministro disse que poderia haver [reconhecimento do tempo de serviço perdido] e agora as negociações retomam", elaborou.

Para Louçã, a dificuldade das negociações não está no descongelamento prometido e faseado entre 2018 e 2019, pois "o seu impacto financeiro está contabilizado". Está, sim, no facto de o Governo não pretender "reconhecer a perda que os professores sofreram quando foi reduzido o valor a que deviam ter direito pela progressão" de carreira. "Esta retroatividade - são 100 mil professores - tem um peso financeiro grande", explicou.

Para o comentador, a recuperação dos direitos que os professores deixaram de ter sobre os seus rendimentos "pode ser feita e deve ser feita, ponderadamente, não num período excessivo, mas distribuído nos orçamentos que permitam acomodar essa evolução". Segundo Francisco Louçã, "o Governo não pode prometer para daqui a 5 anos ou 10 anos, deve fazê-lo num prazo razoável".

Questionado sobre qual seria o prazo razoável, Francisco Louçã disse não querer fazer sugestões que possam pressionar as negociações, mas refere que, "este ano, essa devolução deveria começar, há recursos para isso, há margem para isso". Acrescentou, no entanto, que a solução tem de ser "ponderada, mas que possa mostrar a disponibilidade do Governo para negociar"

O comentador classificou ainda a resposta de Mário Centeno à situação como "a pior possível", pois a melhor será aquela "que faz ponte, porque é assim que o Governo deve atuar no conjunto da sociedade para evitar conflitos desnecessários".

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