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“A polícia tentou levar o corpo da minha mãe como se ela fosse um animal”

Filhos de vítima do surto de legionella relatam interrupção do velório da mãe. Hospital de Santa Maria terá libertado corpo sem autorização do Ministério Público.

“A polícia tentou levar o corpo da minha mãe como se ela fosse um animal”
Notícias ao Minuto

22:06 - 07/11/17 por Notícias Ao Minuto

País Polémica

O velório de uma das vítimas mortais do surto de legionella foi interrompido na noite desta terça-feira. Familiares e amigos de Graça Ribeiro, de 70 anos, estavam no velório na igreja de Santo Condestável em Campo de Ourique quando a polícia de investigação criminal interrompeu o serviço para levar o corpo.

Em declarações à TVI 24, os filhos de Graça Ribeiro relataram a bizarra situação que experienciaram.

“Estávamos no velório da minha mãe e apareceram aqui três agentes da polícia de investigação criminal com uma intimação do Ministério Público a dizerem que tinham que levar o corpo da minha mãe para o Instituto de Medicina Legal e nós perguntámos porquê e porquê só hoje. A minha mãe morreu ontem (segunda-feira) às 9h20 da manhã. Os enfermeiros disseram que não era necessária autópsia”, contou a filha de uma das vítimas mortais deste surto de legionella.

A polícia explicou aos familiares de Graça Ribeiro que a “autópsia era necessária por uma questão de saúde pública”. Os filhos de Graça Ribeiro criticam o hospital de Santa Maria por ter libertado o corpo sem autorização.

“Acho que o hospital errou. Um erro gravíssimo. A polícia disse que o hospital não deu informação ao Ministério Público que tinha libertado o corpo para a agência funerária”, disse a filha da vítima. Um dos filhos questionou: “Porque é que o hospital Santa Maria libertou o corpo sem autorização?”

Mas também deixaram críticas à atuação da polícia.

“A policia tentou levar o corpo da minha mãe como se ela fosse um animal, num saco de plástico e nós dissemos que não. Dissemos que ela não saía daqui num saco de plástico. Dissemos que iria como veio, num caixão. Isto é surreal”, relatou a filha.

E levantaram uma questão. “Imaginem que a minha mãe já tinha sido enterrada? Desenterravam o corpo?”

O funeral de Graça Ribeiro está marcado para quarta-feira às 15h30, mas os filhos duvidam que o Instituto de Medicina Legal liberte o corpo a tempo.

“Penso que vai ser impossível. Duvido que façam a autópsia em tão pouco tempo”, disse o filho.

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