Porto faz segunda proposta a funcionárias do centro social de Miragaia
As 25 funcionárias do Centro Social e Paroquial de Miragaia (CSPM) ameaçadas de desempego receberam uma segunda proposta da câmara do Porto no âmbito de um projeto de empreendedorismo social, enquanto mantêm a procura de um investidor.
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País Câmara Municipal
Num comunicado enviado à agência Lusa, as trabalhadoras informaram que se reuniram na terça-feira com a vice-presidente da Câmara do Porto, Guilhermina Rego, num encontro onde também participou Raquel Castello-Branco (CEO da Fundação Porto Social) e a adjunta da vice-presidência, Inês Ferreira.
No encontro foram informadas que o "Centro Distrital de Segurança Social do Porto transferiu os acordos de cooperação do Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental e do Serviço de Apoio Domiciliário do CSPM para o Centro Social da Sé, onde funcionará a partir de 01 de setembro de 2017, no edifício camarário da Rua Arménia (Miragaia)".
Sendo essa a primeira alternativa sugerida pelo presidente da câmara, Rui Moreira, quando se reuniu com as representantes das trabalhadoras em busca de alternativas para o encerramento do CSPM - a consumar em 31 de agosto, segundo o anunciado pela Diocese do Porto - a vice-presidente "disponibilizou agora o edifício da antiga Junta de Freguesia de São Nicolau" no âmbito do projeto de empreendedorismo social para o qual foram desafiadas.
Em declarações à Lusa, Susana Moreira, educadora social do CSPM, explicou que a passagem das respostas sociais para o edifício na Rua Arménia "apenas resolveu o problema das 35 famílias e mais 20 utentes, pois nenhuma das sete funcionárias que os assistia os pôde acompanhar".
Neste cenário, as 25 funcionárias vão continuar a procurar por um investidor para criar o novo projeto, sendo certo que no dia 1 de setembro não terão trabalho, num conjunto de preocupações acrescido pelo facto de que, "desde o verão de 2014, somam subsídios, ou parte dos mesmos, em atraso".
Perante isto questionam "a Diocese do Porto/Comissão Administrativa, se quando foi negociada a transferência dos acordos, também foram negociados os postos de trabalho das trabalhadoras afetas a essas respostas sociais, como aliás seria justo e correto", lê-se no comunicado enviado à Lusa.
Lembrando a "garantia do bispo e da própria Comissão Administrativa", de que "tudo fariam para encaminhar as trabalhadoras para outros postos de trabalho", sublinham ser "esta era uma boa oportunidade para cumprir essa promessa".
O CSPM é uma instituição particular de solidariedade social fundada em 1961. Emprega, atualmente, 25 trabalhadoras que prestavam serviço a cerca de 200 utentes em diversos domínios como creche, pré-escolar, ocupação de tempos livres, centro de dia e apoio domiciliário.
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