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Todos os anos, 50 portugueses recebem um novo coração. Não chega

Dia do transplante cardíaco assinala-se esta quinta-feira, dia 20 de julho. O primeiro, recorda a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, foi realizado em 1967.

Todos os anos, 50 portugueses recebem um novo coração. Não chega
Notícias ao Minuto

07:52 - 20/07/17 por Carolina Rico

País Dia do Transplante

Segundo a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, cerca de 50 portugueses recebem, anualmente, um novo coração, um número muito inferior às necessidades reais.

A Insuficiência Cardíaca atinge cerca de 26 milhões de pessoas em todo o mundo e cerca de 400 mil em Portugal, mas o transplante cardíaco é reservado a situações de doença não passíveis de tratamento médico ou cirúrgico convencional.

No entanto, apenas os doentes que garantem o cumprimento absoluto das indicações médicas de recuperação, após cirurgia, são elegíveis devido ao risco de complicações.

Outro aspeto importante é o número de dadores, que tem diminuído. “Nunca serão suficientes para as necessidades”, lamenta numa nota enviada às redações o cirurgião Manuel Antunes, Presidente Honorário da Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

A esperança de futuro melhor na área reside nas tecnologias. “Nas próximas duas décadas veremos a transplantação ser progressivamente substituída pelo coração artificial e outras formas de assistência ventricular mecânica”, acredita Manuel Antunes.

Atualmente, a ciência tem apostado no desenvolvimento de procedimentos experimentais, como a implementação de dispositivos que mantêm a circulação sanguínea através do bombeamento artificial.

Um exemplo sublinhado pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia é o do coração recelularizado funcional, desenvolvido no ano passado no Centro de Medicina Regenerativa em Boston.

Outro dos casos é o do coração de silicone desenvolvido já este ano no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique.

Estas opções ainda se encontram em desenvolvimento mas são consideradas pelos especialistas como uma "janela de oportunidade para um futuro promissor" no tratamento de doentes com insuficiência cardíaca em fase avançada e para quando os tratamentos convencionais já não são suficientes.

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