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"Estou mais emocionado do que o próprio António Guterres"

O ministro dos Negócios Estrangeiros comentou esta tarde a indicação de António Guterres para o cargo de secretário-geral das Nações Unidas.

"Estou mais emocionado do que o próprio António Guterres"
Notícias ao Minuto

17:53 - 06/10/16 por Pedro Filipe Pina

País Santos Silva

António Guterres vai ser o próximo secretário-geral das Nações Unidas, coroando uma campanha que contou com a participação da diplomacia portuguesa.

Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, falou sorridente aos jornalistas após o discurso de António Guterres desta tarde, a partir do Palácio das Necessidades, em Lisboa, precisamente a ‘casa’ do ministério dos Negócios Estrangeiros.

“Sou suspeito”, admitiu o ministro, mas as palavras no discurso de António Guterres “são fantásticas”. “Estou mais emocionado do que o próprio António Guterres”, disse ainda.

“Mesmo nas próprias línguas que utilizou, percebe-se que o António Guterres é o que nós sempre dissemos que era como candidato: um candidato capaz de ser um porta-voz global”. Guterres, saliente-se, discursou após a aclamação, primeiro em português, repetindo depois a mensagem em inglês, espanhol e francês.

Sobre a relação entre Guterres e Portugal, o ministro não deixou lugar para dúvidas: “A melhor maneira que ele tem de servir os interesses de Portugal, é servir os interesses das Nações Unidas. Não queremos favores, queremos que o secretário-geral lidere aquela que é a grande organização multilateral do nosso tempo”.

Quando questionado pela candidatura de última hora da búlgara Kristalina Georgieva, Augusto Santos Silva foi diplomático, dizendo que “do nosso ponto de vista encaramos todas as candidaturas com o mesmo respeito mas também com a mesma serenidade”, acrescentando de seguida que “sabíamos a qualidade do candidato que apresentávamos”.

Já para ser um bom secretário-geral, bastará a Guterres “ser ele próprio”, defendeu ainda Santos Silva, descrevendo-se como “amigo” e “admirador” do antigo primeiro-ministro português.

Relativamente à importância da língua portuguesa no plano internacional, o ministro salientou que não dependerá do secretário-geral da ONU, mas Portugal continuará a trabalhar para que a língua portuguesa se torne uma das línguas oficiais das Nações Unidas.

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