Sindicato dos assistentes sociais exige regulação da profissão
O Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais (SNAS) manifestou-se hoje contra a criação de cursos que têm na sua denominação "serviço social" e apela ao Governo que regule a profissão ou crie a Ordem dos Assistentes sociais.
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País Serviços
A insatisfação do sindicato "foi exacerbada" pela tomada de conhecimento do recente curso técnico superior profissional denominado "Serviço Social e Desenvolvimento Comunitário", lecionado em dois anos, pela Escola Superior de Educação Jean Piaget, refere o SNAS em comunicado.
"É a desregulação total causada pelo Ministério do Ensino Superior, com vários cursos de formação, inclusive este que é muito recente, um diploma de 2015", e cujas funções são muito semelhantes aos do assistente social, disse à agência Lusa o presidente do sindicato, Luís Matias.
Luís Matias lembrou que, com Bolonha, o curso em "Serviço Social" passou a ser uma licenciatura de três anos. Contudo, "muitas entidades empregadoras pretendem colegas já com mestrado incluído".
"É uma profissão secular, reconhecida e com mérito em vários países de todo o mundo e só em Portugal é que parece que não existimos. É uma completa desregulação do setor", lamentou o sindicalista.
"O que nos parece é que é uma estratégia para aniquilar a profissão", rematou.
A direção tem exposto esta situação aos partidos políticos e hoje vai reunir-se com o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda. Entretanto, aguarda uma audiência como o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.
Luís Matias defendeu que esta situação só pode ser ultrapassada com a criação da Ordem dos Assistentes Sociais, processo iniciado em 1997 e duas vezes chumbado, ou com a regulação da profissão.
Se "não aceitam a criação da ordem, então regulem a profissão, que tem mais de 100 anos no mundo, está em várias áreas da sociedade civil, e continua a não ter o reconhecimento e o mérito que é justo, sublinhou.
Para o sindicato, os assistentes sociais portugueses (cerca de 18.000) "merecem a dignidade e o reconhecimento da profissão" à semelhança" do que acontece com os "colegas de todo o mundo".
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