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Legionella: Enfermeiros preocupados com falta de rastreio e incertezas

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) mostrou-se hoje preocupado com o caso de 'legionella' no Hospital da Régua, salientando a falta de informações aos profissionais, de rastreios e a incerteza quanto ao futuro da unidade de saúde.

Legionella: Enfermeiros preocupados com falta de rastreio e incertezas
Notícias ao Minuto

11:15 - 03/03/16 por Lusa

País Régua

Alfredo Gomes, dirigente nacional do SEP, afirmou esta amanhã, junto ao Hospital do Peso da Régua, que os nove enfermeiros que ali prestam serviços foram surpreendidos na quarta-feira, ao final da tarde, com a informação de que hoje seriam, conjuntamente com os pacientes, transferidos para o hospital de Chaves.

As duas unidades de saúde estão integradas no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).

"Mas ninguém informou sobre qual era o problema estrutural. Depois, mais tarde, mais preocupados ficámos porque se começou a falar sobre a presença de 'legionella' na água. Os doentes precisam de cuidados de higiene, precisam de utilizar a água e ninguém foi informado disto", salientou o dirigente sindical.

Além do mais, acrescentou, não foi desencadeada qualquer logística e "os doentes estavam esta manhã exatamente como estavam na semana passada".

A doença do legionário, provocada pela bactéria 'Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor (aerossóis) de água contaminada de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

"O senhor diretor-geral da Saúde veio hoje dizer que não há ninguém infetado, pois, em princípio não, esperamos que não, porque ninguém tem sintomatologia, mas não foi feito rastreio a ninguém. Acho que, no mínimo, as pessoas têm de, por uma questão preventiva, também fazer os rastreios", sublinhou Alfredo Gomes.

O enfermeiro considerou que a medida preventiva de fechar o hospital "é correta". "Se há presença da bactéria tem que se tratar. A questão que se coloca é a falta de informação para com os profissionais e nós não sabemos o que vai acontecer a seguir", salientou.

Ainda hoje o sindicato vai enviar um ofício ao Ministério da Saúde e ao Conselho de dministração do CHTMAD a pedir mais esclarecimentos sobre o que se perspetiva, "nomeadamente o tratamento que vai ser feito, o período em que isto vai estar encerrado ou se já regresso ao não".

Isto porque, continuou, "não nos podemos esquecer que este hospital volta e meia está nas bocas do povo para encerrar e nós esperamos que não seja por isto, mas temos que ter garantias para estes enfermeiros.

"Ou seja, de que, quando tudo estiver tratado tudo regressará à normalidade também", sustentou.

O diretor-geral da Saúde já disse hoje que foi detetada a presença de 'legionella' na rede de água do Hospital da Régua, embora nenhum dos 12 doentes ali internados tenha contraído a doença dos legionários.

Alfredo Gomes especificou que, dos 12 doentes, todos com mais de 70 anos, três tiveram alta esta manhã e nove foram sendo transferidos ao longo da manhã para o hospital de Chaves, onde foi reativada uma ala que estava fechada.

Segundo o dirigente, o CHTMAD vai garantir o transporte dos enfermeiros. No entanto, o responsável salientou os transtornos pessoais e familiares decorrentes desta decisão "de um dia para o outro" que apanhou toda a gente de surpresa.legionella

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