Ex-gestores do BPN acusados de desviar dinheiro não falaram em tribunal
O ex-presidente do BPN-Crédito e mais três ex-administradores, acusados de conceder empréstimos irregulares de 23 milhões de euros e de um desfalque de 3,7 milhões de euros, recusaram hoje prestar declarações no Tribunal São João Novo, no Porto.
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País Arguidos
Os arguidos, com idades entre os 47 e 51 anos, que respondem pelos crimes de burla agravada e abuso de confiança, aprovavam créditos fraudulentos com o objetivo de enriquecer, refere a acusação.
O crédito, que tinha como finalidade a compra de carros, era usado "à revelia do banco" para financiar dirigentes e clubes de futebol da região Norte e negócios privados tendo, em alguns casos, recompensas financeiras como contrapartidas.
Os contratos, que referiam destinar-se a empréstimos para a aquisição de carros de luxo, eram fictícios dado não haver qualquer compra.
Segundo a acusação, os créditos eram concedidos sem as garantias necessárias e com taxas de juro "irrisórias" para a época.
Além do crédito concedido de forma irregular, entre 1999 e 2001, os ex-gestores também estão acusados de terem desfalcado o BPN-Crédito em 3,7 milhões, dinheiro que entrou diretamente nas suas contas bancárias pessoais.
Em 2001, depois desta situação no BPN-Crédito, com sede no Porto, ter sido tornada pública, o ex-presidente da sociedade financeira do grupo Sociedade Lusa de Negócios responsável pelo crédito automóvel, Óscar Silva, e mais três ex-administradores, Mário Martins, Jorge Costa e Alfredo Machado, demitiram-se.
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