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A sociedade deve dizer aos poderes que "não podem ultrapassar limites"

O antigo presidente da República Ramalho Eanes defendeu hoje, no Porto, que os portugueses não devem limitar-se a votar de quatro em quatro anos, mas mostrar aos poderes que "não podem ultrapassar determinados limites".

A sociedade deve dizer aos poderes que "não podem ultrapassar limites"
Notícias ao Minuto

22:03 - 12/11/14 por Lusa

País Ramalho Eanes

"Não podemos estar à espera para dizer o que queremos de quatro em quatro anos, temos de dizer o que queremos com muita competência, formação, informação, reflexão, discussão e diálogo todos os dias aos poderes, não só político, mas económico", disse no lançamento da obra "Pregões de Esperança", da autoria do primeiro bispo de Setúbal, Manuel Martins.

Ramalho Eanes afirmou que a sociedade deve dizer o que pensa aos poderes, de forma "muito clara para que eles saibam que não podem ultrapassar determinados limites e para que percebam que têm de cumprir determinadas tarefas em tempo e de maneira competente".

"O Estado é uma criação e uma organização da sociedade muito importante que tem por finalidade servir o homem, mas não podemos esperar que o Estado tenha um comportamento permanentemente ético, correto e sempre competente", disse.

Por isso, o antigo chefe de Estado frisou que a sociedade tem de dialogar com o Estado para o "obrigar a respeitar os compromissos que assumiu" e que tem por finalidade a defesa do bem comum.

Acrescentando que o "primeiro grande movimento, apelo e motor está na sociedade".

E questionou: "O que temos feito nós, sociedade, para impedir que o caminho percorrido tivesse sido este e tivéssemos chegado a este ponto".

Ramalho Eanes lembrou que o voto é um instrumento "muito importante" e uma manifestação de Democracia "indiscutível e insubstituível".

A título de exemplo, o antigo Presidente da República salientou que nas sociedades nórdicas o "grau de associação é enorme", por isso, são "mais evoluídas" e o Estado "mais competente".

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