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Maçonaria e funcionários faziam parte de esquema no MAI

O esquema financeiro desenvolvido pelo antigo Diretor-geral do Ministério da Administração Interna que culminou com a concessão de 57 ajustes diretos terá contornos mais profundos do que o que se pensava anteriormente. Segundo o Sol, na teia de favores de João Correia participavam membros da maçonaria e outros funcionários públicos.

Maçonaria e funcionários faziam parte de esquema no MAI
Notícias ao Minuto

13:15 - 10/10/14 por Notícias Ao Minuto

País João Correia

João Correia foi exonerado do cargo de Diretor-geral do Ministério da Administração Pública em fevereiro deste ano por suspeita de ter desenvolvido um esquema de favores económicos que lhe permitiu lucrar financeiramente através da concessão de 57 obras por ajuste direto. Mas, segundo o semanário SOL, a teia montada por Correia era bem mais longa do que se pensava, envolvendo vários funcionários públicos, mas também membros da maçonaria.

É que depois de ter sido deposto do cargo a 11 de fevereiro pelo ministro Miguel Macedo, João Correia passou a ser investigado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal, sem seu conhecimento, descobrindo-se que continuou a dar instruções a vários funcionários do Ministério da Administração Interna para continuar lucrar com o esquema que tinha montado.

A 16 de setembro, quando foi presente aos juízes do Tribunal da Relação de Lisboa, soube-se que Correia mantinha, além destas ligações ministeriais, outras com a maçonaria, organização através da qual movimentava interesses.

Nas escutas telefónicas efetuadas pelo DIAP, o antigo diretor-geral terá mantido, já depois de abandonar o cargo, a 11 de março, uma conversa, com o chefe de divisão de obras do DGIE, informando que tinha dado o seu contacto a empresários para estes conversarem com este e verem “o que podem fazer”.

Dois dias depois de ter sido exonerado do cargo, Correia contactou ainda com a diretora jurídica do mesmo departamento, Luísa Sá Gomes, dando-lhe instruções sobre o que deveria fazer para esconder os factos que o relacionavam com o facto de ter autorizado obras num edifício da PSP do Porto, sem qualquer contrato. Antes de ser detido, em abril, um outro contacto com o mesmo destinatário foi realizado, agora por causa de um assunto relativo a Leiria.

Estes são alguns dos exemplos dos indícios que levaram à detenção do dirigente. Mas há mais factos que o ligam, por exemplo, a favores feitos a empresas de amigos maçons, nomeadamente à empresa Prosa e Diálogos Lda, de Paulo Noguês, a quem pediu um parecer de cinco mil euros.

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