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História do PS acompanha a da democracia com "luzes e sombras"

O coordenador das Comemorações dos 50 anos do PS afirmou hoje que o programa de atividades vai assinalar "as luzes e as sombras" da existência de um partido com uma história que acompanhou a da democracia portuguesa.

História do PS acompanha a da democracia com "luzes e sombras"
Notícias ao Minuto

14:17 - 19/04/23 por Lusa

País 50 anos do PS

José Manuel dos Santos discursava no primeiro ato das comemorações dos 50 anos do PS, na sede nacional deste partido, em Lisboa, com a presença do secretário-geral socialista e do seu presidente, respetivamente António Costa e Carlos César.

Escritor, "braço direito" de Mário Soares enquanto primeiro líder do PS e antigo Presidente da República e atual membro da Comissão Política dos socialistas, José Manuel dos Santos defendeu a tese de que o seu partido "é a força política determinante da democracia portuguesa".

"Olhamos a história do PS e sabemos que, como a história de todas as instituições humanas, ela tem luzes e tem sombras. As primeiras servem-nos de inspiração, as segundas de ensinamento. Esses acontecimentos e os seus protagonistas, estudados e avaliados, constituem a tal lição que a história nos pode dar, como mestra da vida que é e de que já falavam os historiadores gregos ou os filósofos iluministas", declarou.

Falando após a intervenção do secretário-geral adjunto do PS, João Torres, e antes dos discursos da líder das Mulheres Socialistas, Elza Pais, e do secretário-geral da JS, Miguel Costa Matos, José Manuel dos Santos referiu-se aos objetivos essenciais do programa de comemorações, que termina em dezembro de 2024, quando se assinalar o centenário do nascimento de Mário Soares.

"Lembramos, destes 50 anos, os momentos felizes de unidade e os momentos dilacerantes de divisão. Lembramos as vitórias e as derrotas, as utopias e as realidades, as realizações e os fracassos, as normalidades e as crises", declarou, já depois de salientar que, "em democracia, não há História oficial" e que a investigação sobre o meio século de existência da sua força política estará aberta a todos os historiadores.

"Lembramos, ocorridas neste salão onde agora estamos, as reuniões intermináveis e as decisões determinantes para o PS e para Portugal", realçou o membro da Comissão Política do PS.

Depois, José Manuel dos Santos recebeu uma prolongada salva de palmas ao sintetizar da seguinte forma a ação de alguns dos principais dirigentes do PS: "Lembramos, como se a estivéssemos a ouvir, a voz decidida, persuasiva e às vezes colérica de Mário Soares, a verve irónica e inflexível de Francisco Salgado Zenha, a voz quase inaudível, mas que era indispensável ouvir, de Mário Sottomayor Cardia".

"Lembramos a fala matemática e demonstrativa de Vítor Constâncio, a voz veemente de Maria Barroso, o discurso tribunício de António Lopes Cardoso, a voz sonora, solene e quase inextinguível de Manuel Alegre, o discurso arrebatado de António Arnaut, a fala ponderada e comunicativa de António Guterres, a verve calorosa e literária de Almeida Santos, o discurso primordial e sublinhado de Manuel Tito de Morais, a voz subtil e às vezes sibilina de Jaime Gama, a vivacidade argumentativa de Jorge Sampaio, a voz juvenil, enérgica e, por vezes, levemente irrequieta de António Costa", observou.

De acordo com o coordenador das comemorações, o PS, ao pôr em evidência a sua "ligação com o passado e com o futuro, ao dar ênfase à sua relação com a sociedade e com a cultura, está a dizer, como dizia Sophia de Mello Breyner Andresen, que a política sem cultura e sem moral é um edifício sem fundamento e sem firmeza".

"É apenas o dia que passa do qual nada fica, a não ser deceção, desilusão e desesperança", acrescentou.

Antes, o secretário-geral adjunto do PS, João Torres, defendeu que os socialistas foram decisivos na criação das bases do Estado de Direito Democrático e do Estado social, na integração europeia de Portugal, nas políticas de solidariedade e combate à pobreza, e na inovação e modernização económica do país.

"Assinalar a História do PS é também assinalar a afirmação dos valores da democracia em Portugal", completou o "número dois" da direção dos socialistas.

Leia Também: Scholz, González e Costa discursam hoje no jantar dos 50 anos do PS

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