Electricidade foi totalmente restabelecida no Algarve
O abastecimento eléctrico foi totalmente restabelecido nas zonas afectadas pelos ventos fortes em Lagoa e Silves, permitindo o regresso à normalidade nas casas das 200 pessoas que continuavam sem electricidade de manhã, informou a Protecção Civil de Faro.
© LUSA
País Intempérie
"A situação já está normalizada, tendo a electricidade sido reposta às pessoas que continuavam sem energia ao final da tarde", disse à Lusa o comandante distrital de Operações de Socorro de Faro, Abel Gomes.
O responsável adiantou que o efectivo que se encontra ainda no terreno "vai agora ser reduzido quando um grupo for desmobilizado, pelo que, a partir das 19:00, irão apenas ficar cerca de 50 operacionais a ajudar nas operações de limpeza".
O comandante frisou que, à medida que os trabalhos de remoção dos destroços for avançando, o "efectivo vai ser gradualmente desmobilizado, passando os serviços municipais a assegurar as operações de limpeza".
Abel Gomes disse que a EDP esteve a trabalhar para conseguir restabelecer o abastecimento eléctrico a toda a zona afectada até ao início desta noite, o que acabou por acontecer.
Ao final do dia de sexta-feira, estavam sem electricidade 4.600 pessoas, número que hoje de manhã se tinha reduzido para 200, disse à Lusa do comando de Faro.
O vento forte que na sexta-feira se fez sentir em Lagoa e Silves provocou 13 feridos, três deles graves, e 12 desalojados. Cerca de uma centena de habitações, telhados, automóveis e autocaravanas foram danificados pela força do vento.
Todos os feridos graves são mulheres. Uma teve alta hoje de manhã e as outras permanecem em tratamento e observação no serviço de urgência do Hospital de Faro, disse à Lusa fonte hospitalar.
O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, visitou hoje a zona afectada e escusou-se a avançar estimativas do apoio financeiro que o Governo prestará aos concelhos algarvios afectados pelo temporal de sexta-feira, mas assegurou disponibilidade para ajudar dentro das possibilidades.
Em Silves, o temporal causou danos avultados nas piscinas municipais, que estão inutilizadas, no edifício da câmara e mercado municipal e também no Estádio do Silves Futebol Clube, cujo muro e bancadas desabaram.
De acordo com o presidente da autarquia, Rogério Pinto - empossado há cerca de duas semanas, após a saída da anterior presidente, Isabel Soares, para outro cargo público na empresa Águas do Algarve -, os prejuízos no concelho ascendem a vários milhões de euros.
Em Lagoa, o temporal causou sobretudo estragos na zona nova da cidade, uma área maioritariamente residencial, tendo destruído a fachada de entre 70 a 80 apartamentos, segundo a câmara.
O Instituto de Meteorologia classificou a situação como "fenómeno extremo de vento" e "tempo severo" e admitiu que se pode repetir por se tratar de algo imprevisível.
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