Novembro foi o 3.º mês mais seco dos últimos 90 anos e o 5.º mais quente
Dados revelados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera indicam ainda que a seca se está a agravar em Portugal e que o último mês se classifica como "muito frio e muito seco".
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País IPMA
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) divulgou, esta terça-feira, o boletim climatológico referente ao mês de novembro de 2021 destacando que se tratou de um mês muito frio e muito seco.
Os dados partilhados pelo IPMA mostram ainda o agravamento da seca em Portugal.
Este novembro de 2021 foi o 3.º mês mais seco dos últimos 90 anos (o mais seco foi em 1981, 0.9 mm).
"O valor médio da quantidade de precipitação em novembro, 18.9 mm, foi muito inferior ao valor normal 1971-2000, correspondendo a apenas 17 %", indica.
Refere ainda o boletim que no final do mês de novembro, 92% do território estava em situação de seca meteorológica.
"Verificou-se um aumento significativo da área em seca meteorológica em todo o território. Destaca-se o aumento da intensidade da seca na região Sul, com alguns locais dos distritos de Setúbal, Beja e Faro na classe de seca severa", aponta o IPMA.
Este último mês foi ainda o 5.º mais quente a nível global (os primeiros quatro mais quentes foram em 2020, 2015, 2016 e 2019).
"Na Europa o valor médio da temperatura média do ar foi superior 1.1 °C ao valor normal (1981-2010) no entanto houve diferenças regionais significativas. Assim por um lado, o mês foi mais quente do que a média na parte leste e sudeste, e numa zona que se estendia para oeste até a Irlanda. Por outro lado na Península Ibérica, na França e nas partes mais setentrionais do continente o mês foi mais frio do que a média", explica o boletim.
No que à chuva diz respeito, "em novembro verificaram-se condições mais húmidas do que a média em partes do norte e nordeste da Europa, bem como nas regiões do Mediterrâneo, onde ocorreram várias inundações".
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