Sector energético corre "alguns riscos de recuo significativo"
O presidente da REN, Rui Cartaxo, afirmou esta quarta-feira que existem "alguns riscos de recuo significativo" no percurso feito em Portugal no sector da energia, quer em termos de regulação quer no desenvolvimento das renováveis.
© Lusa
País Cartaxo
"Vejo alguns riscos, tendo em conta a situação de emergência que o país atravessa e as medidas que estão a ser tomadas, de haver um recuo significativo, no afã de rapidamente sairmos da situação em que nos encontramos", considerou Rui Cartaxo, no XI Fórum da Energia, que decorre em Lisboa.
O presidente da gestora das redes energéticas adiantou que tem "alguma preocupação que o tema da redução da despesa da administração possa afectar a regulação", que, realçou, "é mais independente do poder político do que a média".
"É fundamental que o caminho feito não seja posto em causa, que não se perca a autonomia", declarou.
Na sua intervenção no XI Fórum da Energia sobre a liberalização energética, Rui Cartaxo alertou ainda para um retrocesso na aposta nas energias renováveis, que tem sido feita "pelos sucessivos poderes políticos nos últimos 10 ou 15 anos".
"Espero que a discussão sobre os apoios não leve a fazer marcha-atrás numa coisa que é natural num país que é abundante nas renováveis e que beneficiou dessa imagem", sustentou.
O presidente da REN defendeu que, em Portugal, "a cadeia de valor e o mecanismo de formação de preço é mais transparente do que na média quer no petróleo, no gás natural ou na electricidade".
"Temos um sector com um grau de transparência superior à média", disse, sublinhando que quando se criticam aspectos de política energética "é bom que se veja todo o filme".
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