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Conferência nacionalista e manifestação antifascista hoje em Lisboa

Movimentos de extrema-direita participam hoje numa conferência nacionalista, em local a anunciar hoje pelas 9h00, tendo motivado uma contramanifestação, promovida por grupos antifascistas, a realizar no Rossio, em Lisboa.

Conferência nacionalista e manifestação antifascista hoje em Lisboa
Notícias ao Minuto

06:33 - 10/08/19 por Lusa

País Extremismo

Os organizadores da conferência nacionalista só pretendem divulgar o local do seu evento, marcado para as 14h00, pelas 9h00, segundo a página do fórum do movimento Nova Ordem Social na Internet, que já confirmou a presença de representantes de sete partidos e movimentos europeus de extrema-direita: Mário Machado, Josele Sanchez (Espanha), Adrianna Gasiorek (Polónia), Blagovest Asenov (Bulgária), Francesca Rizzi (Itália), Mattias Deyda (Alemanha), Yvan Benedetti (França).

Em protesto, um total de 65 organizações antifascistas, 28 portuguesas e 37 estrangeiras, subscreveram um manifesto contra a "conferência nacionalista" e lançaram uma petição pública eletrónica apelando à proibição da iniciativa.

Os subscritores do manifesto são os promotores da concentração, que designaram de "mobilização nacional antifascista", para hoje às 13h00, em Lisboa, no mesmo dia da "conferência nacionalista" organizada pelo grupo de extrema-direita Nova Ordem Social, dirigido pelo já condenado por vários crimes de índole racial Mário Machado.

Surgido através de um manifesto na rede social Facebook por parte da Frente Unitária Antifascista, o protesto conta com uma petição pública eletrónica 'Contra a conferência Neonazi do dia 10 de Agosto em Lisboa', que tinha reunido até sexta-feira à tarde 8.920 assinaturas.

"É um grito de cidadania. O objetivo é fazer um alerta público face ao encontro de organizações declarada e abertamente racistas, cuja existência em si é uma afronta à Constituição da República Portuguesa", defendeu o dirigente do SOS Racismo, Mamadou Ba, em declarações à Lusa.

Joana Sales, da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), declarou à Lusa que a sua associação subscreveu o manifesto porque "sempre luta por valores democráticos e uma manifestação neonazi não pugna por esses valores".

Fonte policial adiantou à Lusa que o Serviço de Informações de Segurança (SIS) está a acompanhar "muito de perto" a "conferência nacionalista".

A União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) considerou que a conferência nacionalista é "um insulto ao povo português que, em abril de 1974, derrubou a ditadura fascista".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, questionado pelos jornalistas, numa visita oficial à Alemanha, defendeu que Portugal deve "continuar a ser" um exemplo de estabilidade política e social e "não de radicalismos" ou de "fenómenos inorgânicos" que a questionem.

Essa estabilidade "política e institucional é muito importante para a estabilidade financeira e económica e para a estabilidade social", acrescentou.

Também já o BE, o PCP, o PAN e o Livre se posicionaram contra a conferência internacional organizada pelo movimento de extrema-direita Nova Ordem Social. Bloquistas e membros do Livre apelaram mesmo às autoridades para atuarem no sentido de a iniciativa não ter lugar e afirmando que vão estar presentes na contramanifestação antifascista agendada também para a tarde de sábado, no Rossio.

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