"Poder político não tem interesse em combater o tráfico de pessoas"
O advogado Garcia Pereira foi um dos profissionais convidados a comentar o caso de tráfico de jogadores no futebol português denunciado numa reportagem da TVI.
© Global Imagens
País Garcia Pereira
A jornalista Alexandra Borges denunciou, na terça-feira à noite, a existência do crime de tráfico de jogadores no futebol português.
As vítimas são sobretudo originárias de países africanos e sul-americanos. Pagam milhares de euros pela promessa de se tornarem jogadores de futebol profissionais, mas acabam sozinhos, sem um lugar onde morar e sem alimentação.
No painel de especialistas que a jornalista reuniu para debater o caso incluía-se o advogado Garcia Pereira que questionou o facto de os restantes especialistas presentes no debate (em representação da Federação Portuguesa de Futebol, do Sindicato dos Jogadores e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) agirem “exemplarmente” e, ainda assim, haver notícia destes casos.
“Como é que isto acontece?”, perguntou Garcia Pereira, que sublinhou que esta é uma “questão do país, dos cidadãos”.
“Somo um país em que o trabalho, civilizadamente chamado de informal, mas que é clandestino e ilegal, representa 25% do PIB e, nesses setores, a lei pura e simplesmente não entra”, atirou o advogado que defendeu que este é um problema do país que não decorre da inexistência de entidades ou de leis, porque ambas existem.
O problema, garantiu, é que o “poder político não tem nenhuma espécie de interesse em combater este fenómeno”, devido ao peso que o mesmo representa para a economia nacional.
“Esta é uma forma muito simples de gente sem escrúpulos ganhar dinheiro”, rematou.
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