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Roménia quer fazer da sua presidência da UE "um sucesso"

A embaixadora da Roménia em Portugal declarou hoje que o seu país ambiciona fazer "um sucesso" da sua primeira presidência rotativa da União Europeia (UE), que decorre num semestre "atípico e particularmente dinâmico".

Roménia quer fazer da sua presidência da UE "um sucesso"
Notícias ao Minuto

17:10 - 30/01/19 por Lusa

País Embaixadores

Ioana Bivolaru dirigia-se à Comissão Parlamentar de Assuntos Europeus, onde falou das prioridades da presidência romena, que decorre nos primeiros seis meses deste ano.

"Todos temos consciência de que isto será uma presidência atípica porque teremos as eleições" europeias em maio, disse.

Adiantou que o "semestre particularmente dinâmico" inclui ainda a questão do 'Brexit" e as negociações sobre o futuro quadro financeiro plurianual da União (o orçamento para 2021-2017).

"Importante é focarmo-nos numa União Europeia mais forte e mais coesa, tendo no centro do nosso programa os cidadãos" e dando "atenção particular (...) à juventude", defendeu.

"É uma presidência realista e pragmática, mas ambiciosa. Estamos determinados em fazer desta presidência um sucesso", sublinhou Ioana Bivolaru.

A embaixadora indicou que neste primeiro mês a presidência romana já fez progressos em diferentes dossiers e defendeu que em relação ao 'Brexit' o "essencial é a união" dos 27, que deve ser mantida.

Destacou como "um dos pontos altos da presidência" a Cimeira Europeia que vai decorrer em maio em Sibiu sobre o futuro da Europa.

"Vemos esta cimeira como um momento crucial para aumentar a consciência entre os cidadãos acerca do valor acrescentado gerado pela UE e para dar uma mostra de unidade na União", disse.

Convencida de que "as chaves" para a UE avançar são "coesão e unidade", a Roménia tem como lema da sua presidência "coesão como um valor europeu comum", indicou.

A presidência romena foi vista com alguma preocupação por Bruxelas devido aos desafios de "extraordinária dificuldade", como disse o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que enfrentava, mas também devido aos seus diferendos políticos internos e ao facto do país ser criticado pela Comissão Europeia relativamente à reforma judicial e por falhas na luta contra a corrupção.

A questão foi levantada pela deputada Rubina Berardo, do PSD, mas a embaixadora romena em Lisboa considerou que "o que é importante" é que o foco esteja no programa da presidência.

"O programa responde aos problemas da União em geral. Decidimos não trazer muros, não destacar os pontos de divisão, mas construir pontes. Estamos claramente ligados ao projeto europeu. Temos um dos públicos mais pró-europeus", disse, adiantando que a presidência romena deve ser avaliada "no final, depois dos seis meses".

Ioana Bivolaru referiu ainda que "há declarações feitas para consumo interno" e que "a Roménia fez progressos no combate à corrupção".

Vitalino Canas, do PS, deu conta da "total confiança" dos socialistas portugueses "em relação à Roménia e às suas instituições, o governo, para enfrentar os desafios que esta presidência muito exigente vai implicar".

Considerou que a presidência poderá ajudar o governo romeno "a superar com sucesso alguns dossiers internos ao nível do combate à corrupção, (...) de alterações do sistema judiciário".

O deputado socialista defendeu ainda que o sucesso do governo romeno "é importante", porque o programa que a presidência romena apresenta é "muito positivo".

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