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Mais de 35 mil portugueses concluíram competências digitais

Mais de 35.000 portugueses receberam em 2017 competências digitais, quer "on-line" quer presencialmente, através do projeto "Atelier Digital", que continua este ano.

Mais de 35 mil portugueses concluíram competências digitais
Notícias ao Minuto

18:30 - 08/02/18 por Lusa

Tech Projeto

O balanço do primeiro ano do 'Atelier Digital', é feito hoje em Lisboa, com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e da secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo, além de Francisco Ruiz Anton, diretor de assuntos institucionais da Google para Portugal e Espanha.

O projeto, da empresa Google, foi lançado em dezembro de 2016 em Setúbal, explicado na altura como uma iniciativa, com o apoio do Governo português, para ajudar os jovens a adquirir competências digitais, proporcionando formação presencial em Lisboa, Setúbal, Leiria, Aveiro, Porto e Peniche e "on-line" para quem o quiser, nos dois casos gratuitamente.

Francisco Ruiz, em entrevista à agência Lusa, explicou que o projeto está a decorrer em vários países europeus e que o objetivo é formar em competências digitais três milhões de pessoas, concluído que está o objetivo inicial de formar dois milhões de europeus.

Em Portugal, explicou, registaram-se no portal da formação e nos cursos presenciais 105 mil portugueses, tendo sido formados 35 mil (a grande maioria através da formação "on-line").

"Ficámos surpreendidos com o grande interesse dos jovens portugueses. Em comparação com outros países a experiência portuguesa é das melhores", disse Francisco Ruiz Anton, considerando que tal não significa menor competência a nível digital dos portugueses, mas, ao contrário, mostra que "a juventude portuguesa está consciente da importância da formação em competências digitais".

Na conversa com a Lusa o responsável lembrou palavras do antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, segundo o qual em 2020 a Europa precisaria de preencher 900 mil postos de trabalho na economia digital, e falou depois da crise pela qual passaram Portugal ou Espanha, que afetou sobremaneira o emprego dos jovens.

"Esse foi um dos motivos que nos levou a fazer este programa", disse Francisco Ruiz, acrescentando: "O peso da economia digital será cada vez maior no PIB (Produto Interno Bruto) de cada país".

"O Governo, quando lançou o Programa Indústria 4.0, reconheceu a importância de mobilização da sociedade portuguesa para os desafios da digitalização. Em particular, o reforço da formação em matéria de competências digitais é um dos pilares deste Programa, com vista a acelerar a introdução de tecnologia na economia e de responder ao desafio da competitividade das empresas", diz Manuel Caldeira Cabral citado num comunicado sobre o balanço do "Atelier Digital".

E acrescenta Maria Fernanda Rollo no mesmo documento: "A literacia digital, a programação, a aquisição de competências digitais, em geral, contribui para aumentar a participação dos cidadãos num mundo crescentemente digital, em que a utilização intensiva das TIC (tecnologias de informação e comunicação) domina progressivamente todas as dimensões da atividade humana".

Francisco Ruiz Anton fala dos "resultados fantásticos" alcançados pelo projeto em Portugal que, diz, renovam as expectativas para 2018.

Concluído o primeiro ano o 'Atelier Digital' continua agora nos mesmos moldes, mas atualizado, com a primeira formação presencial deste ano a decorrer de 28 de fevereiro a 02 de março no Instituto Politécnico de Setúbal.

A formação presencial tem como tema central o marketing digital e inclui formação em otimização para motores de pesquisa, marketing para motores de pesquisa, marketing nas redes sociais e mobile, análise de Web e Internacionalização.

Francisco Ruiz Anton admite à Lusa que a formação presencial se alargue a outras cidades, porque há pedidos nesse sentido de universidades e de institutos politécnicos.

A formação online é composta por 26 módulos que cobrem diferentes áreas do marketing social (pesquisa, e-mail, redes sociais, redes display (publicidade), vídeo, e-commerce ou dispositivos móveis, entre outros).

No final do ano foram acrescentados três novos módulos (planear a estratégia empresarial online, começar a utilizar o marketing de conteúdo, e transformar dados em informações), bem como dois módulos adicionais (aumentar a produtividade no trabalho e introdução à aprendizagem automática).

Ruiz Anton acredita que os participantes no "Atelier" (para jovens nos cursos presenciais, para todos nos "on-line") estão a aproveitar. E dá como exemplo a Raquel Gonçalves, que depois do curso criou uma empresa de design gráfico, ou a Romina Fernandes, que trabalha como "digital marketeer" para uma empresa multinacional.

Os responsáveis pela iniciativa citam no comunicado a Comissão Europeia para dizer que nos próximos anos vão surgir mais de 820.000 vagas em competências digitais e as empresas com maior probabilidade de sucesso e crescimento serão as que possuam competências digitais.

"Porém, os mesmos estudos revelam que 90% das empresas europeias não possuem competências digitais apesar de as considerarem um fator de vantagem competitiva. Em Portugal, os indicadores apontam que mais de metade da população portuguesa denota falta de competências digitais", diz-se no comunicado.

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