Número de insolvências em Portugal cai 19% para 2.260 até setembro
O número de insolvências em Portugal fixou-se em 2.260 até setembro, menos 19% do que no mesmo período de 2016, com grande parte dos casos a referirem-se a microempresas do setor dos serviços, segundo a Cosec.
© Reuters
Economia Cosec
De acordo com os dados hoje divulgados pela seguradora na área dos créditos e caução COSEC, referentes a um estudo sobre dinâmica empresarial, "as empresas insolventes totalizavam um volume de negócios superior a 1,2 mil milhões de euros, empregavam mais de 12.900 postos de trabalho e registavam cerca de 392 milhões de euros de créditos a fornecedores".
Aludindo ao tipo de companhias, a COSEC aponta que as microempresas representam a maioria dos casos de insolvência, num total de 68%, tendência esta que se verifica desde 2009.
Quanto ao setor, o dos serviços "continua a liderar o número de insolvências, com 534", seguindo-se os da construção (20,3%), com um total de 458 empresas insolventes, e do retalho (15,4%), com 349, indica o estudo.
Em termos geográficos, o maior número de insolvências regista-se em Lisboa (23,8%), Porto (22,2%) e no distrito de Braga (8,7%).
No mesmo estudo, a COSEC conclui que os pedidos no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) diminuíram 58% até ao terceiro trimestre.
Ao todo, os pedidos no PER foram 256, contra 603 até ao terceiro trimestre de 2016.
A companhia relaciona esta redução com a alteração legislativa do Código das Sociedades Comerciais e do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas.
Também até setembro deste ano, foram constituídas 33.047 novas empresas, o que representa um aumento de 8% face ao mesmo período de 2016, segundo o estudo.
Estas novas empresas eram, essencialmente, dos setores dos serviços (13.613), da construção (8.265) e do retalho (2.894), estando sediadas maioritariamente em Lisboa (10.869), Porto (5.707) e Braga (2.385).
Citada pelo comunicado, a administração da COSEC considera que "os resultados desta análise traduzem a tendência de redução no número de insolvências, estando em concordância com os mais recentes dados relativos à caída da taxa do desemprego, bem como com a aceleração da economia portuguesa".
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