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Almedina lança terceiro volume das obras de Maria Judite de Carvalho

O terceiro volume das obras completas de Maria Judite de Carvalho, que inclui 'Flores ao Telefone' (1968), 'Os Idólatras' (1969) e 'Tempo de Mercês' (1973), chegou hoje às livrarias, editado pela Minotauro, chancela do grupo Almedina.

Almedina lança terceiro volume das obras de Maria Judite de Carvalho
Notícias ao Minuto

16:19 - 20/11/18 por Lusa

Cultura Literatura

A publicação deste terceiro volume dá continuidade ao projeto da chancela Minotauro, de publicar na íntegra, em seis volumes, a obra completa da escritora Maria Judite de Carvalho.

O primeiro volume, que inclui as suas primeiras coletâneas de contos - 'Tanta Gente, Mariana' (1959) e 'As Palavras Poupadas' (1961), esta última vencedora do Prémio Camilo Castelo Branco - foi publicado em maio.

Em setembro, chegou às livrarias o segundo volume da coleção, que reúne duas coletâneas de contos - 'Paisagem sem Barcos' (1963) e 'O seu Amor por Etel' (1967) -, bem como uma novela intitulada 'Os Armários Vazios' (1966).

Considerada uma das escritoras mais marcantes da literatura portuguesa do século XX, embora quase desconhecida do público em geral, Maria Judite de Carvalho (1921-1998) "trata com mestria e com um sentido de humor único, temas fundamentais como a solidão da vida na cidade e a angústia e o desespero espelhados no seu quotidiano anónimo", descreve a editora.

"Observadora exímia, as suas personagens revelam o ritmo fervilhante de uma vida avassalada por multidões, mas sempre reclusas em si mesmas, separadas por um monólogo da alma infinito", acrescenta.

Agustina Bessa-Luís chamou-lhe "flor discreta da nossa literatura", porque apesar de ter dedicado trinta anos da sua vida à carreira literária, sempre se manteve na sombra, facto de que a editora se deu conta e decidiu contrariar, aproveitando o facto de alguns contos terem surgido nos manuais do ensino secundário.

A propósito do lançamento do primeiro volume, a editora da Almedina explicou à Lusa que considerou que este ano seria a altura ideal para fazer renascer a sua obra a apresentá-la à nova geração de leitores, uma vez que se assinalam os 20 anos da sua morte.

A obra está a ser publicada cronologicamente e cada volume acompanha o envelhecimento da autora através dos autorretratos que surgem na capa e que revelam esta outra faceta de Maria Judite de Carvalho: o desenho e a pintura.

Maria Judite de Carvalho foi várias vezes galardoada, destacando-se o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco, o Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários, o Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística e o Prémio Vergílio Ferreira.

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