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Líder da entidade sérvia da Bósnia: Independência é "objetivo legítimo"

A independência da entidade dos sérvios da Bósnia é um "objetivo político legítimo", considerou hoje o seu líder político Milorad Dodik, apesar de precisar que não constitui um propósito "imediato".

Líder da entidade sérvia da Bósnia: Independência é "objetivo legítimo"
Notícias ao Minuto

14:24 - 09/01/18 por Lusa

Mundo Milorad Dodik

Desde o final da guerra civil interétnica (1992-1995) com a assinatura dos acordos de Dayton que a Bósnia-Herzegovina está dividida em duas entidades a Federação croato-bosníaca e a República Srpska (RS), a entidade dos sérvios da Bósnia. Estão unidas por frágeis instituições centrais comuns, cuja autoridade é cada vez menos respeitada.

Milorad Dodik, que tem protagonizado uma aproximação ao Presidente russo Vladimir Putin, tem-se referido com alguma frequência às aspirações independentistas da sua entidade, que hoje celebra a sua "festa nacional" apesar das críticas da liderança bosníaca (muçulmana) em Sarajevo e das chancelarias ocidentais.

"O nosso objetivo é o mais elevado grau de independência possível para a Republika Srpska. Caminhamos nessa direção, é um objetivo político legítimo", declarou Milorad Dodik em entrevista à televisão estatal da Sérvia (RTS). No passado, considerou a Bósnia um "conceito falhado", um local "que ninguém deseja".

"Temos necessidade de lutar para preservar os direitos que adquirimos", prosseguiu Dodik. E no decurso das celebrações da "festa nacional", frisou que "o povo sérvio tem dois Estados, a República da Sérvia e a Republika Srpska".

A independência da entidade sérvia da Bósnia "não é um sujeito para este momento", admitiu no entanto. "Não abordamos a questão da independência como se tivéssemos a intenção de tomar hoje essa decisão".

Segundo o último recenseamento, em 2013, a Bósnia possuiu 3,5 milhões de habitantes, com cerca de 50% de bosníacos (muçulmanos), 33% de sérvios e 15% de croatas.

Entre os fundadores em 1992 da RS inclui-se Radovan Karadzic, o ex-líder político condenado a 40 anos de prisão pelo extinto tribunal de Haia para a Jugoslávia (TPIJ) por genocídio e crimes contra a humanidade no decurso da guerra civil.

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