EUA vão limitar vistos a cidadãos de países que não aceitam deportados
A administração Trump vai impor restrições na concessão de vistos a cidadãos de quatro países asiáticos e africanos que se recusam a aceitar de volta aqueles que são deportados dos Estados Unidos, indicaram hoje as autoridades.
© Reuters
Mundo NSA
De acordo com responsáveis citados pela agência Associated Press (AP), o Camboja, a Eritreia, a Guiné-Conacri e a Serra Leoa serão em breve sujeitos a sanções, pretendendo-se que sirvam de exemplo a outros países "obstinados" para que passem a aceitar o retorno de pessoas que os Estados Unidos querem fora do seu território.
Segundo a lei federal, o secretário de Estado, Rex Tillerson, não pode impedir que todos ou alguns tipos específicos de vistos sejam emitidos a nacionais desses países.
As mesmas fontes, que pediram o anonimato, referem não ser provável que Tillerson proíba todos os vistos, mas que eleja como alvos responsáveis governamentais e as respetivas famílias, como os Estados Unidos já anteriormente fizeram.
A Agência de Segurança Nacional (NSA) indicou na quarta-feira ter recomendado ao departamento de Estado que tomasse medidas contra quatro países de entre uma dúzia que considera "obstinados", mas não os nomeou.
Instado a comentar, o departamento de Estado confirmou ter recebido a notificação da NSA, mas também não revelou os nomes das nações, declarando apenas que todas elas se têm "recusado a aceitar ou atrasado para além da razoabilidade o regresso dos seus nacionais" e que tornará públicas as sanções exatas depois de os países por elas afetados serem informados.
"O nosso objetivo é fazer com que os países concordem em aceitar o regresso dos seus cidadãos", disse o porta-voz da NSA, Dave Lapan, à imprensa.
O Departamento de Estado é habitualmente relutante quanto à imposição de sanções relacionadas com vistos, porque os países afetados muitas vezes retaliam, adotando restrições semelhantes aos cidadãos e aos governantes norte-americanos.
Até agora, tais medidas só foram impostas duas vezes: à Guiana e à Gâmbia.
A NSA identifica atualmente China e a região administrativa especial de Hong Kong, Cuba, Vietname, Laos, Irão, Guiné-Conacri, Camboja, Eritreia, Birmânia, Marrocos e Sudão do Sul como renitentes em aceitar deportados dos Estados Unidos, não tendo ficado claro porque é que só o Camboja, a Eritreia, a Guiné-Conacri e a Serra Leoa foram selecionadas para serem alvo de sanções.
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