China inaugura no Corno de África primeira base militar no estrangeiro
A China abriu hoje oficialmente a sua primeira base militar no estrangeiro, no Djibuti, no corno de África, no dia em que o Exército de Libertação Popular (ELP) celebra 90 anos, informou a imprensa oficial.
© Reuters
Mundo Djibuti
Segunda maior economia do mundo, a seguir aos Estados Unidos, e país mais populoso do planeta, a China não tinha uma presença militar permanente fora do país desde a Guerra da Coreia (1950-53).
A inauguração da base militar no Djibuti servirá para apoiar missões antipirataria, de manutenção da paz e assistência humanitária em África e na Ásia ocidental, de acordo com Pequim.
As autoridades inauguraram a instalação com uma cerimónia onde estiveram mais de 300 pessoas, entre as quais o ministro da Defesa do Djibuti e o subcomandante da Armada chinesa Tian Zhong, segundo o Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista Chinês.
A República do Djibuti está situada no sul do mar vermelho, no Corno de África, entre a Eritreia, Etiópia e a Somália.
A inauguração desta base militar estratégica coincide com o 90.º aniversário do exército chinês.
Durante um discurso feito hoje no Grande Palácio do Povo, a propósito da efeméride, o Presidente chinês, Xi Jinping, assegurou que Pequim "nunca invadirá outros países", mas que "está pronto a lutar contra qualquer invasão estrangeira".
Xi afirmou que o exército devolveu à China a dignidade como uma grande potência.
A abertura da base no Djibuti ilustra também a expansão do alcance das Forças Armadas chinesas, acompanhando a crescente influência da China no continente africano.
O país asiático é o principal parceiro comercial de África, de onde importa grande parte das matérias-primas de que precisa.
Desde a ascensão ao poder de Xi Jinping, a China adotou uma política externa mais assertiva, nomeadamente com a fundação de um novo banco internacional e o lançamento de um gigante plano de infraestruturas, designado Nova Rota da Seda e que visa reativar a antiga via comercial entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e sudeste Asiático.
Nos últimos anos, Pequim passou também a reclamar a quase totalidade do Mar do Sul da China, onde construiu ilhas artificiais capazes de receber instalações militares em recifes disputados pelos países vizinhos.
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