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Cunhado do rei de Espanha fica em liberdade e pode continuar na Suíça

Iñaki Urdangarin está obrigado, apenas, a apresentações quinzenais e a comunicar sempre que se queira ausentar para fora da Europa.

Cunhado do rei de Espanha fica em liberdade e pode continuar na Suíça
Notícias ao Minuto

12:14 - 23/02/17 por Andrea Pinto com Lusa

Mundo Casos

O tribunal de Palma de Maiorca decidiu, esta quinta-feira, manter Iñaki Urdangarin em liberdade mediante as seguintes obrigações: comparecer no dia um de cada mês perante as autoridades judiciais do seu país de residência, a Suíça, e de comunicar ao tribunal sempre que pretenda sair da Europa.

Iñaki Urdangarin foi condenado na semana passada a seis anos e três meses de prisão por fraude e desvio de dinheiros públicos no âmbito do caso Noos. Entretanto, o Ministério Público espanhol solicitou ao tribunal de Palma de Maiorca (onde o caso foi julgado) pena de prisão, mas com possibilidade de ficar em liberdade mediante uma fiança de 200 mil euros.

A justiça de Palma de Maiorca considerou que Urdangarin tem suficientes raízes (familiares, sociais e laborais) em território espanhol para mitigar o risco de fuga, mesmo após a leitura de sentença.

Urdangarin saiu das instalações da audiência entre gritos de "ladrão" e "devolve o dinheiro" lançados por um grupo de pessoas concentrado à porta do tribunal.

Muitos dos curiosos expressaram também a sua indignação pela decisão do tribunal de manter Urdangarin em liberdade (bem como ao outro condenado, Diego Torres), e de não lhe impor a fiança de 200 mil euros pedida pelo Ministério Público.

O marido da infanta Cristina e cunhado do rei foi condenado a seis anos e três meses de prisão e ao pagamento de uma multa de 512.553 euros por enriquecimento com dinheiros públicos através de um esquema fraudulento feito pelo Instituto Nóos, que fundou e dirigiu entre 2004 e 2006.

O sócio de Urdangarin, Diego Torres, foi condenado a oito anos e seis meses de prisão por cinco delitos de corrupção cometidos como corresponsável no Instituto Nóos.

A decisão do juiz é conhecida 11 anos depois do início do caso, quando um deputado socialista pediu explicações pelos custos elevados de um fórum sobre turismo e desporto organizado por Iñaki Urdangarin para o governo regional das Ilhas Baleares.

Urdangarin era acusado de ter utilizado as suas ligações à família real para ganhar concursos públicos para organizar, entre outros, eventos desportivos, tendo em seguida desviado fundos para a Aizoon, uma empresa que geria em conjunto com a infanta Cristina e utilizava para financiar o seu estilo de vida luxuoso.

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