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UE pode ajudar na questão da China e Tibete com "crítica construtiva"

O dalai lama instou hoje a União Europeia a adotar uma "crítica construtiva" relativamente à China no diferendo que a opõe ao Tibete, durante uma deslocação ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo.

UE pode ajudar na questão da China e Tibete com "crítica construtiva"
Notícias ao Minuto

11:16 - 15/09/16 por Lusa

Mundo Dalai Lama

"A UE pode ajudar no futuro da China ao pronunciar uma crítica construtiva, por vezes necessária, num momento em que os dirigentes chineses, mesmo os partidários de uma linha dura, são confrontados com uma espécie de dilema sobre a forma como tratar o problema" da relação com o Tibete, disse o líder espiritual dos tibetanos, perante a comissão de Negócios Estrangeiros do Parlamento Europeu.

Segundo o dalai lama, as posições que a UE adotar terão um impacto sobre os dirigentes chineses, "ao contrário do que sucedia nas décadas de 1960 ou 1970, quando eles não queriam saber do que pensava o mundo externo".

O dalai lama instou por isso os eurodeputados a falar da questão do Tibete com os dirigentes chineses, pois "a China deve finalmente compreender que o problema deve ser resolvido de forma razoável, já que não vai desaparecer".

O líder espiritual dos tibetanos, que fez questão de lembrar que já não tem a seu cargo «dossiers» políticos desde que se retirou, insistiu que o objetivo dos tibetanos não é a separação da China, mas uma maior autonomia.

Nesta sua deslocação a França, o dalai lama, que foi recebido pelo presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, não é oficialmente recebido pelas autoridades francesas. Pequim tem sistematicamente pressionado todos os governos que desejam reunir-se com o líder espiritual tibetano.

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