Homens encapuzados atacam sede do partido opositor venezuelano
O presidente do parlamento venezuelano, Henry Reamos Allup, denunciou na terça-feira que alegados simpatizantes do Governo de Nicolás Maduro atacaram a sede do partido opositor Ação Democrática (AD), no estado de Cojedes, a 270 quilómetros de Caracas.
© Reuters
Mundo Ação
"Tentaram queimar a sede da AD em Cojedes, os malandros da Frente Francisco de Miranda", afeta ao regime, escreveu na sua conta no Twitter.
O presidente do parlamento acompanhou a denúncia com uma foto onde é possível ver o edifício, onde alegadamente funciona o partido do qual é dirigente, envolto em chamas.
Segundo a imprensa local, o ataque, que terá ocorrido no final da tarde de terça-feira (noite em Lisboa), "foi provocado por indivíduos armados e encapuzados".
As rádios locais dão conta que também na terça-feira foi detido o recém-nomeado coordenador de Direitos Humanos da AD, no estado venezuelano de Carabobo (centro do país).
A detenção aconteceu quando o responsável caminhava pela Autoestrada Regional do Centro em direção à capital, onde a 01 de setembro participaria na "toma de Caracas", anunciada pela oposição para exigir a realização de um referendo revogatório do mandado do Presidente Nicolás Maduro.
Segundo Rubén Limas, porta-voz da AD, o político foi detido por funcionários da Polícia Nacional Bolivariana e levado para uma esquadra policial.
Ainda na terça-feira um grupo de alegados simpatizantes do 'chavismo' atacou, com engenhos explosivos, a sede do diário El Nacional, crítico do Governo venezuelano.
Os atacantes atiraram ainda sacos com excrementos contra as paredes do jornal.
No local foram deixados panfletos questionando o apoio do El Nacional à marcha opositora prevista para 01 de setembro, e criticando também o diretor, Miguel Henrique Otero, por expor abertamente a sua posição, considerada de conspirador contra o povo e a revolução bolivariana.
"Que fique claro que somos um povo livre, soberano e patriota. Não deixaremos que os apátridas como tu voltem a governar. Hoje te dizemos, não voltarão, não voltarão" lê-se no panfleto atribuído a um grupo que se identifica como "Chama, povo em rebelião".
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