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'Crime de honra' ditou que Zahra, de 14 anos, fosse queimada viva

Menina afegã não resistiu aos ferimentos. Morreu, assim como o bebé que carregava no útero.

'Crime de honra' ditou que Zahra, de 14 anos, fosse queimada viva
Notícias ao Minuto

23:25 - 27/07/16 por Goreti Pera

Mundo Afeganistão

A história de Zahra Azam choca mas junta-se a uma lista longa demais de mortes por 'crimes de honra' no Afeganistão.

No país que, nos últimos três meses, conta cerca de 600 'crimes de honra', ainda existem casos em que mulheres e crianças são usadas como moeda de troca.

Zahra era ainda uma criança quando o pai a entregou como dote à família da mulher com quem casou, sem autorização. Segundo o El Mundo, casou com um membro da nova família aos 12 anos, tendo-se tornado rapidamente mais uma vítima de violência doméstica.

Foi precisamente essa família que a matou, “para saldar uma dívida, possivelmente de sangue, entre dois familiares”, segundo a polícia.

Em causa está uma 'tradição' antiga que permite que se ofereçam meninas e mulheres para resolver disputas entre famílias ou tribos. Os casos em que há ofensa de honra, muitas vezes, culminam na morte das mesmas.

Zahra estava grávida quando foi queimada viva. Depois de dias de sofrimento, provocado por “queimaduras que chegavam até aos ossos”, deu entrada num hospital de Cabul. Estava grávida. Nem ela nem o bebé resistiram aos ferimentos.

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