Washington defende que Al Jazeera deve poder transmitir em Israel
O Governo dos EUA manifestou hoje apoio à Al Jazeera, que este domingo deixou de transmitir em Israel, defendendo que a estação do Qatar deve pode operar em território israelita, tal como faz em outras nações da região.
© KARIM JAAFAR/AFP via Getty Images
Mundo Israel/Palestina
"A Al Jazeera deveria poder operar em Israel da mesma forma que opera em outros países da região. Continuaremos a apoiar os defensores dos 'media' livres e independentes em todo o mundo", sublinhou Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado, em conferência de imprensa.
Miller garantiu que a administração liderada pelo democrata Joe Biden é contra o bloqueio e está preocupada com a decisão das autoridades israelitas.
O Governo israelita aprovou este domingo o encerramento da estação, muito ativa na cobertura da guerra em Gaza, por "prejudicar a segurança do Estado".
De acordo com um vídeo divulgado na rede social X pelo ministro das Comunicações de Israel, Shlomo Karhi, inspetores do Ministério das Comunicações, juntamente com a polícia, revistaram os escritórios do canal no Ambassador Hotel, no território ocupado de Jerusalém Oriental, e confiscaram os seus equipamentos.
A Al Jazeera é um dos canais com maior número de meios e jornalistas na Faixa de Gaza e, desde outubro, tem noticiado bombardeamentos a hospitais, ataques a edifícios residenciais e mortes de habitantes de Gaza desarmados, que segundo especialistas podem ser considerados crimes de guerra.
Na sequência da guerra entre Israel e o Hamas, o Exército israelita apelou nas últimas horas aos palestinianos para que abandonem imediatamente os bairros da parte oriental da cidade de Rafah, junto à fronteira com o Egito, perante a iminência de uma ofensiva em que as tropas de Telavive irão "usar força extrema contra organizações terroristas" em zonas residenciais.
As autoridades israelitas disseram que a operação envolveria cerca de 100 mil pessoas e argumentam que as últimas unidades ativas do grupo extremista Hamas estão em Rafah.
A comunidade internacional opõe-se firmemente a esta operação, para a qual as autoridades israelitas alertaram há várias semanas, uma vez que a cidade serve de refúgio a cerca de 1,4 milhões de palestinianos que fugiram de outras zonas do enclave, alvo de uma ofensiva israelita desde outubro de 2023.
O conflito atual foi desencadeado por um ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos, com Israel a responder com uma ofensiva que já provocou cerca de 35 mil mortos, segundo balanços das duas partes.
O Hamas controla o pequeno enclave palestiniano com 2,4 milhões de habitantes desde 2007.
Leia Também: Operadora de televisão de Israel interrompe emissões da Al Jazeera
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com