O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou, esta segunda-feira, que os seus "adversários" Ocidentais, que tinham o objetivo de "destruir a Rússia", não foram "bem sucedidos", numa referência às sanções impostas ao país devido à invasão à Ucrânia. 

Esta posição foi partilhada por Putin numa reunião com membros do governo.

"Nós sabemos muito bem o que aconteceu do ponto de vista económico. Literalmente, no sentido mais verdadeiro da palavra, começaram a agressão económica contra a Rússia", começou por dizer o chefe de Estado russo, de acordo com a agência estatal russa TASS.

"O número infindável de sanções que enfrentámos tinha um único objetivo e todos sabemos muito bem qual era o objetivo: destruir a Rússia a partir do seu interior. E não só politicamente, mas sobretudo a nível económico. As sanções destinavam-se a criar problemas nas equipas de trabalho, a causar desemprego em massa no país, a levar ao encerramento de empresas e indústrias inteiras. Os nossos adversários não foram bem sucedidos", declarou.

Putin defendeu ainda que as sanções tiveram o resultado "exatamente oposto do que se esperava" e que, no ano passado, a economia do país "cresceu a um ritmo superior ao da economia mundial". 

Recorde-se que, no passado mês de abril, o Ministério do Desenvolvimento Económico anunciou que a economia russa tinha crescido 5,4% no primeiro trimestre deste ano face ao mesmo período de 2023.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que tinha atingido 4,8% em janeiro e 7,6% em fevereiro, desacelerou para 4,2% em março, segundo o relatório do ministério.

O Ministério da Economia melhorou as previsões de crescimento de 2,3% para 2,8%, enquanto o Banco Central russo elevou as suas de um intervalo entre 1 e 2% para 2,5 a 3,5%.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou, recentemente, a previsão de crescimento da Rússia em seis décimos de ponto percentual, para 3,2%, graças ao desempenho positivo das suas exportações de petróleo.

O FMI considera que a economia russa fortaleceu-se porque os volumes de exportação de petróleo permaneceram estáveis devido ao comércio estabelecido com países não alinhados com as sanções ocidentais.

Também no início de abril, o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, sublinhou que o PIB tinha crescido 3,6% no ano passado, apesar do aumento das pressões externas, aludindo às sanções ocidentais impostas devido à guerra lançada por Moscovo na Ucrânia.

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