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Etiópia. Comissão manifesta "grande preocupação" com combates em Amhara

A Comissão Etíope dos Direitos Humanos (EHRC) manifestou hoje "grande preocupação" com os combates na região de Amhara, no norte do país, e com as detenções "maciças" de pessoas de etnia amhara.

Etiópia. Comissão manifesta "grande preocupação" com combates em Amhara
Notícias ao Minuto

16:21 - 14/08/23 por Lusa

Mundo Etiópia

"Recebemos queixas de violações dos direitos humanos antes e depois da declaração do estado de emergência", que está hoje a ser votada no parlamento, escreve a agência EFe.

O comunicado surge no mesmo dia em que seis dos 18 turistas espanhóis que ficaram presos na Etiópia, tentando evitar os combates entre o exército federal e as milícias locais, chegaram finalmente a Espanha.

"Houve detenções em massa de civis de origem étnica amhara, bem como numerosas detenções de migrantes irregulares da Eritreia", lê-se no comunicado do organismo público independente, que lamenta não ter podido "obter acesso para verificar as condições de detenção desde a declaração do estado de emergência", em 04 de agosto.

"Embora os combates violentos tenham diminuído nas principais áreas urbanas desde 09 de agosto, continuam noutras partes da região e continuam a ser uma grande preocupação", salienta o EHRC.

Estes combates registaram "o uso de artilharia pesada, resultando em mortes e ferimentos entre os civis, bem como em danos materiais", acrescenta a entidade, salientando ter "relatos credíveis de ataques e bombardeamentos, particularmente em Debre Birhan, Finote Selam e Burie, que resultaram em numerosas baixas civis".

O acesso à região de Amhara é restrito, tornando impossível verificar de forma independente a situação no terreno.

As tensões em Amhara têm vindo a aumentar desde abril, depois de o primeiro-ministro, Abiy Ahmed, ter anunciado que pretendia desmantelar as "forças especiais", unidades paramilitares criadas por muitos estados regionais nos últimos 15 anos.

Os nacionalistas de Amhara acreditam que o governo quer enfraquecer a sua região, apesar de as "forças especiais" de Amhara e a milícia Fano terem sido aliados cruciais do governo durante a guerra do Tigray, entre novembro de 2020 e novembro de 2022.

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