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UE apela ao respeito do 'status quo' da Esplanada das Mesquitas

A União Europeia (UE) mostrou-se esta quarta-feira "preocupada" com a visita do ministro da Segurança Nacional israelita à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, e apelou ao respeito pelo 'status quo' do local sagrado e ao desanuviamento das tensões.

UE apela ao respeito do 'status quo' da Esplanada das Mesquitas
Notícias ao Minuto

14:04 - 04/01/23 por Lusa

Mundo Israel

"Reiteramos a importância da preservação do 'status quo' do lugar sagrado e estamos muito preocupados com as ações que vão contra ele", referiu, na conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, o porta-voz para os Negócios Estrangeiros, Peter Stanos.

A UE defendeu também que se evitem ações e provocações que alimentem e contribuam para a subida das tensões.

"Nas últimas semanas, assistimos a um perigoso aumento das tensões e vítimas, pelo que desanuviar é importante para todos", salientou Peter Stanos, sublinhando que "a palavra do dia é desanuviamento".

O novo ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, líder do partido ultranacionalista Otzma Yehudit (Poder Judeu), visitou na terça-feira a Esplanadas das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islão e o local mais sagrado do judaísmo.

Em virtude do 'status quo' histórico, os não-muçulmanos podem visitar o local em momentos específicos, mas não podem rezar ali.

Nos últimos anos, contudo, um número crescente de judeus, sobretudo nacionalistas, têm-no feito, o que tem sido denunciado pelos palestinianos como uma "provocação".

De acordo com o estatuto vigente desde 1967 - quando Israel ocupou a parte oriental de Jerusalém, onde fica a Esplanada - o local é reservado exclusivamente para o culto de muçulmanos, enquanto os judeus só podem entrar como visitantes, já que as leis judaicas proíbem os seus fiéis de rezar no lugar mais sagrado da sua religião, algo reservado apenas para alguns rabinos.

A visita de Ben Gvir, que percorreu o complexo e nunca parou para rezar, foi condenada tanto por fações palestinianas na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza, como por vários países árabes e muçulmanos, bem como pela Liga Árabe e pela Organização de Cooperação Islâmica (OIC).

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu a polémica visita, dizendo que não representa uma mudança no estatuto do local, sagrado para judeus e muçulmanos.

A visita à Esplanada das Mesquitas em setembro de 2000 pelo então líder do Likud (o mesmo partido de Netanyahu, direita), Ariel Sharon, foi o detonador da Segunda Intifada, quando a entrada massiva de judeus no complexo -- e cargas policiais visando palestinianos - desencadeou uma vaga de violência em maio de 2021, conduzindo a uma escalada militar e confrontos entre árabes e judeus em várias cidades de Israel.

O local, também conhecido como "Monte do Templo", fica situado na Cidade Velha de Jerusalém, no setor palestiniano ocupado e anexado por Israel.

Leia Também: Israel acusa lançamento desde Gaza após visita à Esplanada das Mesquitas

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