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Israel acusa lançamento desde Gaza após visita à Esplanada das Mesquitas

O Exército israelita denunciou esta terça-feira à noite o lançamento de um 'rocket' desde Gaza em direção ao sul de Israel, após a polémica visita do novo ministro da Segurança Nacional, Ben Gvir, à Esplanada das Mesquitas em Jerusalém.

Israel acusa lançamento desde Gaza após visita à Esplanada das Mesquitas
Notícias ao Minuto

06:26 - 04/01/23 por Lusa

Mundo Israel

As Forças de Defesa de Israel (IDF) indicaram que detetaram, durante a noite, "um lançamento falhado que caiu no território da Faixa de Gaza", segundo uma mensagem publicada através do seu perfil na rede social Twitter.

A mesma fonte acrescentou que "nenhum alarme" foi ativado pelo incidente, pois numa primeira análise o disparo não causou ferimentos ou danos, noticiou a agência Europa Press.

O Hamas, que governa a Faixa de Gaza, tinha destacado, horas antes, que "a infiltração do ministro da Segurança Nacional do governo ocupante sionista e fascista nos pátios da sagrada Mesquita de Al Aqsa, com proteção das forças do Exército de ocupação, é um agressão flagrante e uma tentativa desesperada que não vai mudar a história islâmica de Jerusalém".

Diversos países árabes e muçulmanos classificaram esta terça-feira como "uma provocação" a visita à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, efetuada pelo novo ministro da Segurança Nacional de Israel, líder do partido ultranacionalista Otzma Yehudit (Poder Judeu).

Itamar Ben Gvir visitou o local sagrado garantindo que o governo israelense "não cederá às ameaças do Hamas", em meio a alertas de um possível aumento das tensões se ele entrasse no local, conhecido pelos judeus como o Monte do Templo.

Perante as críticas, o recém-empossado primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (de regresso ao poder após eleições antecipadas), defendeu a deslocação do ministro e optou por frisar o seu compromisso com a manutenção do 'status quo' na Esplanada das Mesquitas, ao indicar que tentará "proteger estritamente o 'status quo' no Monte do Templo [o nome que os judeus atribuem ao local], sem alterações", segundo indicou o jornal The Times of Israel.

Israel controla a Esplanada das Mesquitas e a restante Cidade Velha de Jerusalém desde o final da Guerra dos Seis Dias (1967). No entanto, permitiu que a Jordânia mantenha a autoridade religiosa do local, reconhecendo o "papel especial" do vizinho árabe sobre "os lugares santos muçulmanos em Jerusalém", mesmo que considere esta cidade como a sua capital "indivisível".

O 'status quo' na Esplanada das Mesquitas impede os judeus de rezarem no local e autoriza-os apenas a visitá-lo em horários predeterminados e através de uma rota previamente estabelecida, acompanhados por polícias que devem evitar a exibição de bandeiras israelitas ou objetos religiosos judeus.

Em 2000, a visita à Esplanada de Ariel Sharon, então na chefia da oposição de direita, desencadeou confrontos sangrentos entre palestinianos e a polícia israelita e que assinalaram o início da segunda Intifada, a revolta palestiniana entre 2000 e 2005.

Em maio de 2012, após novos confrontos na Esplanada e em outras zonas de Jerusalém leste, o Hamas (movimento islâmico palestiniano que governa Gaza desde 2007) disparou diversos foguetes em direção a Israel, implicando uma guerra de 11 dias com o exército judaico.

Ben Gvir propõe a anexação da Cisjordânia por Israel e a transferência para os países vizinhos de uma parte dos designados árabes israelitas, descendentes dos palestinianos que conseguiram permanecer nas suas terras após a fundação de Israel em 1948.

Leia Também: EUA exigem que Israel mantenha estatuto da Esplanada das Mesquitas

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