Meteorologia

  • 19 MAIO 2024
Tempo
14º
MIN 13º MÁX 21º

Voltou à Arábia Saudita para passar férias. Acabou presa por usar Twitter

A estudante chama-se Salma al-Shehab, tem 34 anos e é mãe de dois filhos.

Voltou à Arábia Saudita para passar férias. Acabou presa por usar Twitter

Uma estudante da Universidade de Leeds, que voltou a casa, na Arábia Saudita, para passar férias, foi condenada a 34 anos de prisão por ter uma conta no Twitter e por seguir e partilhar publicações sobre dissidentes e ativistas contra o regime, segundo o jornal The Guardian.

A sentença do tribunal da Arábia Saudita foi proferida semanas após a visita do presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, ao país.

A estudante é Salma al-Shehab, de 34 anos, mãe de dois filhos. Inicialmente foi apenas condenada a três anos de prisão por usar um site na internet para “causar agitação pública e desestabilizar a segurança civil e nacional”, segundo o The Guardian. Contudo, esta segunda-feira, um tribunal proferiu uma nova sentença: 34 anos de prisão seguidos de uma proibição de viagem para o exterior pelo mesmo período de tempo. 

Esta decisão acontece depois de um promotor público pedir ao tribunal para considerar outros supostos crimes.

De acordo com uma tradução dos autos do tribunal, que o The Guardian conseguiu obter, as novas acusações incluem a alegação de que Shehab estava “a ajudar aqueles que procuram causar distúrbios públicos e desestabilizar a segurança civil e nacional seguindo as suas contas” e fazendo a partilha dessas publicações.

De acordo com a publicação, Shehab não era ativista saudita ou especialmente vocal dentro dos opositores ao regime saudita, seja enquanto residente no seu país ou estudante no Reino Unido.

No Instagram tinha 159 seguidores e no Twitter tinha 2.597.

Entre as suas publicações constavam alguns desabafos sobre o esgotamento do Covid, fotos dos seus filhos pequenos e algumas publicações de dissidentes sauditas que viviam no exílio e que pediam a libertação de prisioneiros políticos. Apoiou também o caso de Loujain al-Hathloul, uma ativista feminista saudita que foi presa e supostamente torturada por apoiar o direito das mulheres conduzirem e que agora também não pode viajar.

Leia Também: Kanye West a vender roupa dentro de sacos do lixo? Rapper criticado

Recomendados para si

;
Campo obrigatório